O Sindicato dos Ferroviários de Corumbá voltou a denunciar que os trabalhadores que estão nas obras da Ferronorte estão sendo submetidos a péssimas condições e atividade semelhante a de trabalho escravo. O sindicato enviou nota à imprensa desmentindo informações da América Latina Logística (ALL) de que os problemas relacionados a formas degradantes de trabalho teriam acabado.
Conforme o sindicato, 15 trabalhadores da cidade de Miranda foram deslocados para um ponto da ALL (Ferronorte), em Alto-Taquari e estão sendo obrigados a dormir em um ônibus sob péssimas condições, sem garantia de retorno e dependendo da boa vontade da empresa SC Metrovias (prestadora de serviços da ALL), que habitualmente tem aplicado o mesmo golpe em trabalhadores ferroviários.
Recentemente ocorreu situação semelhante com um grupo de dez trabalhadores de Miranda que após serem explorados foram abandonados sem receber um centavo, tendo que recorrer ao judiciário para receber minimamente os seus direitos, conforme o sindicato.
O Sindicato encaminhou denúncia ao Ministério Público do Trabalho e promoveu o ingresso de um grande número de ações de judiciais no sentido de tentar resguardar os interesses dos trabalhadores, mas, conforme a nota da categoria "nada disso tem sido suficiente para barrar a atitude abusiva e irresponsável da ALL de submeter trabalhadores a condições deploráveis (análogo a trabalho escravo) aplicando calote generalizado".
Indignados, os trabalhadores questionam até quando a Ferrovia Novoeste/ALL vai "continuar financiando o roubo e a exploração de gente humilde que só quer trabalhar".
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