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Interior Sábado, 19 de Setembro de 2009, 12:15 - A | A

Sábado, 19 de Setembro de 2009, 12h:15 - A | A

Fiems, Famasul e Fecomércio alertam sobre ameaça de retorno da cobrança da CPMF

Redação Capital News (www.capitalnews.com.br)

A Fiems (Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul), Fecomércio (Federação do Comércio de Mato Grosso do Sul) e Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul) lançaram em Campo Grande a campanha “CPMF de Novo Não – Chega de Imposto” para alertar a população sobre mais uma tentativa do Governo Federal para reeditar o tributo com o nome de CSS (Contribuição Social à Saúde).

Segundo o presidente da Fiems, Sérgio Longen, o objetivo é, de um lado, manter a sociedade informada sobre este movimento do Governo Lula e, de outro, marcar a posição do setor produtivo e sensibilizar a bancada federal do Estado em Brasília a votar contra o retorno da CPMF que foi extinta a partir de 1º de janeiro de 2008, livrando o brasileiro de pagar uma alíquota de 0,38% toda a vez que fizesse uma transferência bancária - emitir cheque, fazer pagamentos ou usar o cartão de débito, por exemplo.

Essa manifestação do Governo Federal em reeditar o imposto é mais uma ameaça ao setor produtivo. “O novo tributo, se aprovado, vai captar para o caixa do Tesouro Federal 0,01% das movimentações financeiras realizadas no País. Será mais uma despesa no orçamento do empresário e do trabalhador, porque, assim como a CPMF, será certamente transferida (o custo) para os preços dos produtos", avaliou.

Para o vice-presidente da Fecomércio, Edison Araújo, o problema é que a CSS termina por incidir sobre tudo, sobre produtos e serviços, afetando o consumidor de baixa renda. “Reconheço que a CSS, assim como a CPMF, é uma ferramenta que amplia a fiscalização e permite o monitoramento do fluxo de dinheiro das pessoas, sobretudo das que têm recursos aplicados no mercado financeiro, porém, ela abre a perspectiva de um novo tributo”, destacou.

“O fim da CPMF em 2007 representou a vitória da sociedade contra um dos tributos mais injustos do País. É no mínimo curioso que, após esse ano, diante do fim do tributo e do conseqüente esgotamento dessa fonte de recursos, o Governo não tenha tratado com a devida atenção a questão orçamentária", afirmou Edison Araújo.

O vice-presidente da Famasul, Eduardo Ridel, reforça que mais um tributo sobre o setor produtivo tira a competitividade do agronegócio sul-mato-grossense e brasileiro. “Nós acreditamos que a nossa campanha vai surtir efeito, pois é descabida e inoportuna a decisão do Governo Federal de retornar com esse imposto. A saúde pública não tem falta de recurso, mas falta de administração, o erro está no uso do recurso e não no volume de arrecadação”, disse. (Com informações da Assessoria)

Por Alessandro Perin (www.capitalnews.com.br)

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