Em cerimônia que será realizada nesta segunda-feira (29) no Yotedy, em Campo Grande, à partir das 19 horas, a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e a Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso do Sul (Fiems), por meio do Instituto Euvaldo Lodi (IEL/MS) estarão entregando os prêmios para as empresas classificadas na 10ª edição do prêmio Finep de Inovação Tecnológica, em sua fase regional (Centro-Oeste). Esta é a segunda vez que a cerimônia é realizada em Mato Grosso do Sul.
Lançado em 1998, na região sul, o prêmio teve naquele ano 25 inscrições. Instituído em todo o território nacional no ano 2000, acumulou nestas edições um número de 2.752 empresas participantes.
Depois de todos esses anos de participação no Prêmio Finep, o superintendente do IEL/MS, Bergson Amarilla, avalia que a inovação já é uma realidade no Estado e na região.
"O empresariado já percebeu que sem inovação tecnológica não é possível agregar valor ao seu produto e a sua indústria". Para Amarilla, a inovação é uma realidade e ele acredita que, a curto prazo, passe a ser essencial para a industrialização local.
Outro destaque, segundo ele, é a participação do IEL como `identificador´ dessas inovações nas indústrias uma vez que, para muitos gestores, é difícil perceber que o que ele faz no seu dia-a-dia como inovação. "O principal é que o empresariado começou a perceber que a participação e a premiação no Prêmio Finep abre oportunidades principalmente em outros mercados", explica Amarilla.
Para Mato Grosso do Sul, o prêmio tem grande importância já que vem se destacando pelo alto número de inscrições na região Centro-Oeste. A história da participação do Estado no Prêmio Finep e seu destaque, em nível nacional, iniciou em 2000 quando o Projeto Pacu venceu na categoria processo.
Em 2001, o Projeto Pacu foi mais uma vez vencedor, desta vez na categoria pequena Empresa, sendo que a Estância Tatiana, na categoria processo e a empresa Prata 1000, na categoria produto também foram premiadas. Já em 2002 na recém lançada categoria Instituição C&T, venceu a Embrapa Gado de Corte. Em 2003, foi vencedora regional na categoria produto, a Matrix Comércio e Serviços.
Em 2004, volta a vencer a empresa Prata 1000, na categoria pequena empresa. Em 2005 ampliamos o quadro de empresa vencedoras com a pele Nova Biotecnologia, na categoria produto, a Real H & Cia., na categoria grande empresa, a Universidade para o Desenvolvimento do Estado e da Região do Pantanal (Uniderp), na categoria Instituição C&T, a Universidade Católica Dom Bosco (UCDB) na categoria Inovação Social e o empresário Edison Morelis Coca, da Prata 1000, na categoria inventor inovador.
Finalmente em 2006 tivemos a volta da Pele Nova Tecnologia, como vencedora na categoria produto e pequena empresa. Essa seqüência de excelentes resultados, na fase regional do prêmio, foi coroada em 2006, quando a empresa Pele Nova Biotecnologia foi a vencedora nacional na categoria produto.
Especializada em tecnologia aplicada à produção de medicamentos, a Pele Nova Biotecnologia atua com capital 100% nacional, conta com 50 colaboradores e faturou, em 2006, R$ 2,5 milhões. A empresa possui 5 patentes registradas no Brasil e em mais 35 países. Fundada em 2002, tem dois produtos como carro chefe de sua produção: o Biocure e o Neoface.
O primeiro é indicado para o tratamento de feridas de difícil cicatrização e quando aplicado sobre a lesão, acelera a regeneração do tecido. Já o Neoface é utilizado para o combate à rugas e clareamento da pele.
Confira as empresas classificadas e que participarão do evento de segunda-feira (29): categoria processo, as empresas Apiários Flor Selvagem (Dourados/MS), Halex Istar Indústria Farmacêutica (Goiânia/GO) e Hedesa Tecnologias (Anápolis/GO). Na categoria produto as classificadas foram a Bthek Biotecnologia (Brasília/DF), a Cerâmica Santo André (Várzea Grande/MT) e a Organoeste Indústria e Comércio de Adubos e Fertilizantes (Dourados/MS).
Como pequena empresa classificaram-se a Delicious Fish Indústria e Comércio de Pescados (Cuiabá/MT), a Ecoban Agroindustrial (Alta Floresta/MT) e a Maxauto Indústria de Peças Automotivas (Campo Grande/MS). Média e grande empresa teve apenas uma classificada, a Dígithobrasil Soluções em Software (Campo Grande/MS).
Como instituição de Ciência e Tecnologia classificaram-se o Centro de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico CDT/UNB, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai/DN), todos de Brasília/DF. Finalmente na categoria Inovação Social, o Instituto de Permacultura e Ecovilas do Cerrado (Cuiabá/MT), o Instituto Centro de Vida (Pirenólopis/GO) e a Prefeitura Municipal de Rondonópolis. (com informações do Núcleo de Comunicação Social/Sistema Fiems )