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Interior Sexta-feira, 24 de Outubro de 2008, 17:54 - A | A

Sexta-feira, 24 de Outubro de 2008, 17h:54 - A | A

Projeto Aldeia Produtiva atende solicitação dos indígenas no interior

Da Redação (JG)

Promover o desenvolvimento sustentável dos agricultores familiares nas aldeias indígenas por meio do fortalecimento da produção sustentável, garantindo geração de renda, bem-estar social, exercício de cidadania e qualidade de vida. Esse é o principal objetivo do projeto Aldeia Produtiva, desenvolvido pela Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural (Agraer), ligada a Secretaria de Desenvolvimento Agrário, Produção, Indústria, Comércio e Turismo (Seprotur).

O projeto já está em fase de desenvolvimento, e segue até junho do ano que vem, com investimentos totais na ordem de R$ 12,7 milhões. Nesta semana, técnicos da Agraer estiveram reunidos em Campo Grande, para alinhar as diretrizes antes do trabalho em campo.

“As Aldeias Produtivas foram idealizadas como formulação das solicitações dos próprios indígenas. Diversos órgãos do governo recebiam os pedidos das comunidades indígenas e o projeto veio condensar essas demandas e privilegiar a toda população indígena do Mato Grosso do Sul”, afirma o diretor-executivo da Agraer, José Alexandre Trannin.

Trannin acrescenta que a aquisição de sementes e de óleo diesel (utilizado nas máquinas agrícolas) já está sendo concluída e até dezembro as aldeias vão receber os produtos. Ao todo, o projeto Aldeias Produtivas atinge 68 aldeias indígenas, distribuídas em 24 municípios, contemplando 12.333 famílias.

“Esse projeto atende às intenções do próprio governador, em atender as comunidades indígenas, dando-lhes ferramentas para prover o próprio sustento e com o excedente, comercializar e gerar uma fonte de renda”, declara Trannin.

O governo de Mato Grosso do Sul está com processo de licitação em curso para compra de 68 tratores, que serão utilizados na aragem da terra. Até junho de 2009, serão construídos 20 centros comunitários para atender as necessidades de reuniões e mobilizações das comunidades indígenas.

O projeto prevê ainda a realização de diversos cursos, que envolvem desde as questões culturais étnicas envolvidas no dia-a-dia dos indígenas, passando por técnicas de manejo de colméias, gestão administrativa, associativismo e cooperativismo, dentre outros temas.

Outra importante solicitação das comunidades indígenas era sobre disponibilização de materiais para construção de pomares e hortas caseiras. A Agraer está adquirindo os produtos para formar um kit de construção de hortas, contendo ferramentas (pá, sacho e garfo), telas, regadores e caixas d’água.

Serão mil hortas com tamanho de 2 por 3 metros, com cultivo de abóbora, alface, couve, melancia, e outras culturas. Já os pomares serão 6 mil ao todo, produzindo tangerina, coco anão, acerola e outras frutas.

Os municípios contemplados pelo projeto são: Aquidauana, Amambai, Antonio João, Aral Moreira, Bela Vista, Brasilândia, Caarapó, Coronel Sapucaia, Corumbá, Dois Irmãos do Buriti, Dourados, Douradina, Eldorado, Japorã, Juti, Laguna Caarapã, Maracaju, Miranda, Nioaque, Rochedo, Sidrolândia, Paranhos, Ponta Porã, Porto Murtinho e Tacuru. (Com assessoria)

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