O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta sexta-feira (25), em Campinas (SP), em cerimônia de início de obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para as regiões de Campinas e Sorocaba, que o PAC está reparando erros dos governos anteriores.
"Estamos reparando erros que vêm se acumulando há 40 anos no país", afirmou Lula, destacando que os investimentos do PAC estão sendo feitos nas regiões em que houve maior descaso por parte do poder público.
"Muitas vezes as ocupações nas favelas são incentivadas por políticos e, às vezes, por necessidade. Estamos fazendo reparos, tentando urbanizar as favelas em todas as regiões metropolitanas do país", destacou.
No discurso, o presidente também voltou a afirmar que pobre só tem atenção em época de eleição. No entanto, ele enfatizou que esse não é o seu caso, porque ele não é candidato.
Biodiesel
Lula também voltou a afirmar que não há relação entre a produção de biocombustíveis e a crise mundial nos preços dos alimentos. "O que acontece agora, e vale para o Chile, para a China, é que tem mais pobre comendo, graças a Deus", disse ele.
Segundo Lula, o preço dos alimentos está aumentando porque a produção não acompanha a demanda. "O alimento sobe quando a quantidade de gente que vai ao supermercado é maior do que a quantidade de produtos que tem para vender, ou quando tem mais gente para comprar do que a capacidade do país para produzir."
Ele também rebateu as críticas internacionais que culpam os biocombustíveis pela escassez de alimentos no mundo. "Se olharem no mapa-múndi, verão que o Brasil tem terra, água e sol. É um dos poucos países que têm condições de ampliar sua produção agrícola", afirmou.
Para o presidente, a produção de biodiesel não prejudica a produção de alimentos no Brasil. “Seria ignorante deixar de abastecer o nosso tanque para abastecer o tanque do carro”, disse Lula, que cobrou uma taxação sobre as importações de petróleo.