Começou há pouco mais um depoimento do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras. Em sua fala inicial, o ex-diretor voltou a dizer que estava arrependido por haver participado do esquema de corrupção na estatal e reiterou, mais uma vez, que estava “pagando, com muito sofrimento”.
“A origem do que aconteceu na Petrobras foram maus políticos que fizeram isso acontecer. A oportunidade do Brasil agora é fazer uma ruptura de um sistema podre. Eu estou dando minha contribuição com muito sofrimento e muita dificuldade. Quero um país melhor no futuro. Estou pagando por isso, e não está sendo fácil”, disse Costa, adiantando que pretende contribuir com os trabalhos da CPI, respondendo às perguntas dos deputados.
É a terceira vez que ele vem ao Congresso depor sobre a corrupção na estatal. Em setembro do ano passado, Costa esteve no Congresso para depor na comissão parlamentar mista de inquérito (CPMI) que investigava denúncias de irregularidades na companhia. Ele, no entanto, não respondeu às perguntas dos parlamentares, usando seu direito de ficar calado.
Em dezembro, voltou à Casa para uma acareação com o ex-diretor da Área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró. Durante o embate, Costa declarou que o caso da Petrobras se repete em todos os outros setores públicos do Brasil – “nos portos, nos aeroportos, nas rodovias, nas ferrovias e nas hidrelétricas” –, e disse que “ninguém chega à diretoria da Petrobras sem uma indicação política”.