“Quem não conhece a história está fadado a repeti-la.”
A História é o maior professor que nós poderíamos ter. Por meio dela, temos acesso aos acontecimentos que moldaram o mundo em diferentes eras e lugares, além de aprendermos com os sucessos e fracassos que marcaram a trajetória da humanidade. Esse conhecimento deveria servir como uma bússola para guiar nossas escolhas no presente, fazendo com que tomemos decisões mais acertadas e conscientes e evitando os erros que outros já cometeram no passado.
Quando ignoramos a História, ou a tratamos com descuido e descaso, temos maior possibilidade de repetir erros que poderiam ser facilmente evitados. Um povo que não conhece o passado corre o risco de se deixar seduzir por promessas vazias ou sistemas que já demonstraram sua ineficácia. Como muitos sabem, ao longo da história ideias que pareciam promissoras trouxeram sérias consequências quando foram implementadas, causando inúmeros sofrimentos e, até mesmo, a restrição à liberdade individual.
Esse aprendizado é ainda mais importante e essencial para líderes políticos, que têm a responsabilidade de tomar decisões que afetam milhões de vidas. Quando os governantes ignoram as lições do passado, é a sociedade quem paga o preço. É possível identificar períodos históricos em que, sob o pretexto de buscar igualdade ou progresso, se implementaram modelos econômicos e políticos que levaram à estagnação e à repressão, deixando um legado de crises econômicas e sociais, que trouxeram, como consequência, a fome, a perseguição, e a morte.
Um exemplo muito conhecido na literatura da importância de conhecer o passado pode ser encontrado no conhecido livro "A Revolução dos Bichos", de George Orwell. No livro, os porcos, que assumem o controle da fazenda após a revolução, manipulam os outros animais justamente porque eles não têm memória ou entendimento da História. Sem registros claros e confiáveis do que aconteceu, os animais não conseguem perceber as pequenas e constantes mudanças que os porcos introduzem para consolidar seu poder. Esse esquecimento e a falta de questionamento permitiram que os porcos ajustassem as regras em benefício próprio, transformando a fazenda em algo ainda pior do que antes. Esse cenário fictício serve como um alerta sobre os perigos do desconhecimento histórico.
Outro exemplo está nas relações internacionais. A História mostra como rivalidades e disputas entre nações, quando tratadas com negligência ou orgulho excessivo, podem culminar em conflitos devastadores. Certas decisões precipitadas, baseadas na arrogância ou na busca por poder, já desencadearam consequências desastrosas no equilíbrio global, trazendo instabilidade e sofrimento para gerações inteiras.
Assim sendo, o conhecimento da História deve ser encarado como uma prioridade, não apenas para estudiosos, mas para todos os cidadãos que desejam construir uma sociedade mais justa. Entender os erros e acertos do passado é uma forma de proteger o presente e projetar um futuro melhor. Afinal, aprender com a História não é apenas uma lição, mas uma necessidade para todos que desejam evitar as armadilhas do esquecimento.
*Wanderson R. Monteiro
Autor dos livros “Cosmovisão em Crise: A Importância do Conhecimento Teológico e Filosófico Para o Líder Cristão na Pós-Modernidade”, “Crônicas de Uma Sociedade em Crise”, “Atormentai os Meus Filhos”, e da série “Meditações de Um Lavrador”, composta por 7 livros.
Dr. Honoris Causa em Literatura e Dr. Honoris Causa em Jornalismo.
Bacharel em Teologia, graduando em Pedagogia.
Acadêmico correspondente da FEBACLA. Acadêmico fundador da AHBLA. Acadêmico imortal da AINTE.
Autor de 10 livros.
Vencedor de 4 prêmios literários. Coautor de 15 livros e 4 revistas.
(São Sebastião do Anta – MG)
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