Campo Grande 00:00:00 Sexta-feira, 14 de Março de 2025


Opinião Sexta-feira, 14 de Março de 2025, 12:14 - A | A

Sexta-feira, 14 de Março de 2025, 12h:14 - A | A

Opinião

Educação inclusiva, como romper barreiras?

Por Ana Paula Lopes*

Artigo de responsabilidade do autor
Envie seu artigo para [email protected]

No contexto educacional contemporâneo, proporcionar o direito de acesso à educação para pessoas com deficiência é um dever, mas também uma oportunidade para todos. Ao falar sobre educação inclusiva, o foco não está na deficiência ou em suas características, mas sim no potencial de aprendizagem que todas as pessoas possuem. Pensar numa escola pronta para lidar com essa diversidade significa proporcionar um ambiente onde todos, independentemente de suas habilidades ou desafios, tenham a oportunidade de se desenvolver.

E quando falo de todos, são todos mesmo. Quantos de nós já tivemos a oportunidade de aprender com pessoas com deficiência na escola? Muitas vezes sem direito ao convívio social devido à falta de informação, hoje, o movimento PCD conta com referências internacionais para a garantia de direitos, como a “Declaração de Salamanca” e a “Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência”, que servem como guia para o desenvolvimento de experiências educacionais verdadeiramente inclusivas.

Para garantir as melhores práticas de inclusão, é essencial identificar e eliminar as barreiras que impedem a participação plena de todos os estudantes. Isso inclui transformar métodos de ensino e recursos para serem acessíveis a todos, não apenas fisicamente, mas também emocionalmente, propondo um ambiente acolhedor e respeitoso. Independentemente das diferenças individuais, cada pessoa possui potencial para adquirir conhecimento e desenvolver habilidades.

A escola deve ser um espaço onde todos se sintam valorizados e encorajados a explorar suas capacidades, pois, ao falar de inclusão e diversidade, estamos nos referindo ao respeito a todas as características individuais. A diversidade enriquece as aulas e o ensino, proporcionando um ambiente mais dinâmico, uma vez que ao utilizar diferentes recursos, sejam visuais ou audiovisuais, os professores podem dinamizar a sala de aula e atender às diversas formas de aprendizado dos alunos.

A inclusão beneficia não apenas as pessoas com deficiência, mas todos os envolvidos. Por fim, promover a inclusão significa promover a empatia, a convivência e o respeito pela diversidade das características humanas. Inclusão é um direito, todos devem ter a chance de alcançar seu potencial máximo, mas também é uma oportunidade para preparar os alunos para viver e trabalhar em uma sociedade múltipla e interconectada. É nosso dever garantir que ninguém seja deixado para trás e que todos tenham acesso a uma educação de qualidade, e isso só acontece quando há inclusão.


*Ana Paula Lopes
Coordenadora de Educação Inclusiva da Rede de Educação Missionárias Servas do Espírito Santo

 

• • • • •

 

A veracidade dos dados, opiniões e conteúdo deste artigo é de integral responsabilidade dos autores e não reflete, necessariamente, a opinião do Portal Capital News

 

Comente esta notícia


Reportagem Especial LEIA MAIS