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Opinião Sábado, 05 de Outubro de 2024, 13:25 - A | A

Sábado, 05 de Outubro de 2024, 13h:25 - A | A

Opinião

Segurança Pública a Serviço da Sociedade

Por Antonio Tuccilio*

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O Seminário CNSP 2024 trouxe discussões importantes sobre os desafios do serviço público brasileiro e as ações necessárias para superar a crise atual. O primeiro debate, com o tema “Segurança Pública a Serviço da Sociedade”, contou com a participação de especialistas em segurança pública, que compartilharam suas reflexões e sugeriram caminhos para o futuro.

Moderado pelo Coronel Valdir Suzano e apresentado pelo Coronel Luiz Eduardo Pesce de Arruda, o debate reuniu o Coronel Eduardo de Oliveira Fernandes e o Delegado André Santos Pereira como debatedores.

Enxergando oportunidades em meio à crise

O debate começou abordando a realidade do sistema educacional brasileiro, que enfrenta sérios desafios. Um dos pontos discutidos foi como, na sociedade atual, os valores e as condutas parecem estar em constante mudança, o que cria incerteza sobre o que deve ser ensinado nas escolas. Isso foi explicado pelo conceito de “modernidade líquida”, que se refere a uma época em que tudo parece instável e fluido, dificultando a definição de normas e valores claros.

Além disso, os debatedores usaram o termo “carnavalização do conhecimento” para descrever como, em meio a tantas visões de mundo diferentes, as ideias e informações podem se misturar e perder sua seriedade, tornando mais difícil discernir o que é realmente importante. Esse cenário foi considerado uma crise, mas os debatedores também ressaltaram que momentos de crise podem oferecer oportunidades para melhorias.

Informar, educar e proteger

Uma das principais propostas discutidas foi a presença de policiais militares nas escolas, tanto para educar quanto para proteger os alunos. Essa estratégia foi vista como uma forma de criar ambientes escolares mais seguros e respeitosos, onde os estudantes se sintam protegidos e motivados a aprender.

É importante ressaltar que essa iniciativa deve seguir as regras estabelecidas no artigo 37, inciso XVI da Constituição Federal, complementado pela Emenda Constitucional 101/19. A legislação permite que policiais civis e militares atuem como professores, desde que cumpram todas as exigências legais, assegurando uma atuação responsável e dentro da lei.

Além dos benefícios para os estudantes e a comunidade escolar, os debatedores destacaram que os policiais que participam desse trabalho também ganham com a experiência. Entre os benefícios mencionados estão a redução do estresse, maior respeito na comunidade, aprimoramento pessoal e o fortalecimento da autoestima.

Violência escolar: um desafio crescente

Outro tema preocupante foi o aumento da violência nas escolas, que tem se tornado mais grave, com registros de ataques violentos, feridos e até mortes. Foi discutida a necessidade de implementar medidas preventivas, incluindo a atenção à saúde mental e a formação contínua dos professores, como estratégias essenciais para lidar com essa questão.

Reflexões da plenária

Durante o debate, a plenária destacou a importância de transformar as escolas em espaços de solidariedade e promoção de uma cultura de paz. Entre as sugestões, foram mencionadas a universalização do ensino, a criação de estratégias para reduzir a evasão escolar e a valorização constante dos professores e sua capacitação profissional.

O debate trouxe à tona a necessidade urgente de ações concretas para enfrentar a crise no serviço público, especialmente no setor educacional. A integração entre segurança pública e educação foi vista como um caminho promissor para construir um futuro mais seguro e justo para a sociedade.


*Antonio Tuccilio
Presidente da Confederação Nacional dos Servidores Públicos

 

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