Um bebê de dois meses foi socorrido em Paranaíba com sinais graves de desnutrição, desidratação e diversas cicatrizes no corpo, possivelmente causadas por queimaduras de cigarro. A criança foi levada ao posto de saúde pela mãe, onde o pediatra solicitou sua internação imediata na Santa Casa devido às lesões.
A delegada Eva Maira Cogo, responsável pela investigação, informou que as lesões foram detectadas após uma visita de um agente de saúde à residência da família, no âmbito do Programa Bolsa Família. Durante a consulta, o profissional percebeu o estado crítico da criança, com sinais claros de abuso.
Testemunhas relataram que o bebê já apresentava marcas de agressão antes de completar um mês de vida. A polícia começou a investigar os pais, que foram presos em 5 de dezembro. Eles alegaram que as lesões surgiram "do nada" ou eram apenas problemas de pele, mas não souberam explicar as marcas.
Após a prisão, a mãe mudou sua versão sobre o caso. Inicialmente, ela afirmara que o pai não agredia a criança, mas depois afirmou que o pai levava o bebê para o quarto, onde ela ouvia o choro e o bebê aparecia com lesões.
A delegada afirmou que não há dúvida de que os hematomas ocorreram enquanto a criança estava sob os cuidados dos pais. A investigação prossegue, e a polícia revelou que a família vive em uma área isolada, sem vizinhos próximos, o que dificultava o acompanhamento do caso.