Campo Grande 00:00:00 Quinta-feira, 21 de Novembro de 2024



Polícia Quinta-feira, 21 de Novembro de 2024, 11:52 - A | A

Quinta-feira, 21 de Novembro de 2024, 11h:52 - A | A

Fiscalização

Dono de loja é multado em R$ 24 mil por expor cabeça de animais em Campo Grande

A ação do Ibama encontrou exposição de cabeças de onça pintada, queixadas e até a arcada dentária de tubarão no estabelecimento

Viviane Freitas
Capital News

Uma loja em Campo Grande que expunha cabeças de animais silvestres foi alvo de fiscalização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Durante a operação, os agentes encontraram várias cabeças de espécies nativas do estado, como onças-pintadas, onças-pardas, queixadas, jacarés, cervos-do-pantanal, peixes pintados e dourados. Além disso, foram apreendidos "troféus", como a arcada dentária de um tubarão.

As peças foram recolhidas e o estabelecimento autuado conforme a Lei Federal de Crimes Ambientais (nº 9.605/98) e o Decreto nº 6.514/08. O proprietário da loja foi multado em R$ 24 mil, e os responsáveis pela organização da exposição de partes de animais responderão pelo crime na Justiça.

A legislação brasileira proíbe a comercialização e exposição de partes de animais silvestres, o que se configura como venda ilegal de artesanato feito com esses materiais, conforme a Lei de Crimes Ambientais. A prática é considerada um crime e contribui para o tráfico de animais silvestres, que é uma grave ameaça à biodiversidade.

A superintendente do Ibama em Mato Grosso do Sul, Joanice Lube Battilani, explicou que o tráfico de animais silvestres é impulsionado pela alta demanda por itens raros. "Quanto mais raro é um animal, maiores são o interesse e o preço que pagam por ele", afirmou, ressaltando ainda que algumas pessoas acreditam erroneamente que objetos feitos com partes de animais trazem proteção e prosperidade.

Comente esta notícia


Reportagem Especial LEIA MAIS