Uma loja em Campo Grande que expunha cabeças de animais silvestres foi alvo de fiscalização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Durante a operação, os agentes encontraram várias cabeças de espécies nativas do estado, como onças-pintadas, onças-pardas, queixadas, jacarés, cervos-do-pantanal, peixes pintados e dourados. Além disso, foram apreendidos "troféus", como a arcada dentária de um tubarão.
As peças foram recolhidas e o estabelecimento autuado conforme a Lei Federal de Crimes Ambientais (nº 9.605/98) e o Decreto nº 6.514/08. O proprietário da loja foi multado em R$ 24 mil, e os responsáveis pela organização da exposição de partes de animais responderão pelo crime na Justiça.
A legislação brasileira proíbe a comercialização e exposição de partes de animais silvestres, o que se configura como venda ilegal de artesanato feito com esses materiais, conforme a Lei de Crimes Ambientais. A prática é considerada um crime e contribui para o tráfico de animais silvestres, que é uma grave ameaça à biodiversidade.
A superintendente do Ibama em Mato Grosso do Sul, Joanice Lube Battilani, explicou que o tráfico de animais silvestres é impulsionado pela alta demanda por itens raros. "Quanto mais raro é um animal, maiores são o interesse e o preço que pagam por ele", afirmou, ressaltando ainda que algumas pessoas acreditam erroneamente que objetos feitos com partes de animais trazem proteção e prosperidade.