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Polícia Quarta-feira, 18 de Dezembro de 2024, 11:44 - A | A

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Operação Xapiri

Ibama autua grupo por exploração ilegal de madeira na terra indígea Kadiwéu

Operação Xapiri flagra indígenas entre grupo que retirava cortes de aroeiras da TI Kadiwéu

Viviane Freitas
Capital News

A Operação Xapiri, deflagrada neste mês em Mato Grosso do Sul, continua com ações de combate ao desmatamento ilegal. Agentes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) autuaram um líder de um grupo responsável pela exploração ilegal de madeira nativa na Terra Indígena (TI) Kadiwéu, localizada no município de Porto Murtinho. A operação, que conta com o apoio da Polícia Federal (PF) e da Fundação Nacional do Índio (Funai), visa combater o desmatamento tanto em Terras Indígenas como no Pantanal.

Durante a ação, fiscais do Ibama flagraram quatro indígenas e três não indígenas utilizando motosserras para realizar o corte seletivo de madeira nobre de aroeira, transformando-a em subprodutos como lascas, postes e palanques para comercialização. A legislação brasileira proíbe o uso desordenado das florestas dentro das Terras Indígenas com fins comerciais. Ao todo, foram apreendidos 158 subprodutos de madeira, com tamanhos variando entre 2,20 e 2,60 metros de comprimento.

O responsável pela atividade ilegal foi autuado com base na Lei Federal de Crimes Ambientais nº 9.605/98 e no Decreto 6.514/08. Pela extração de árvores e transformação da madeira em subprodutos, foi aplicada uma multa de R$ 5 mil. Além disso, pelo uso de motosserras sem Licença de Porte e Uso, foi imposta uma multa adicional de R$ 3 mil. Todos os envolvidos também responderão judicialmente pelos crimes cometidos.

A extração ilegal de madeira, diferentemente do desmatamento, envolve a remoção de algumas árvores específicas, geralmente as mais valiosas no mercado, como a aroeira. Embora não envolva a remoção total da vegetação, essa prática compromete a saúde ambiental das áreas, afetando diretamente o equilíbrio ecológico das florestas, além de prejudicar a vida e a cultura dos povos indígenas.

Joanice Lube Battilani, superintendente do Ibama em Mato Grosso do Sul, ressaltou que a extração ilegal de madeira e o desmatamento em Terras Indígenas têm impactos ambientais graves e prejudiciais à cultura indígena. Ela destacou que a situação se agrava quando há conluio entre indígenas e não indígenas com o objetivo de comercializar a madeira de forma clandestina. O Ibama continuará realizando fiscalizações na região da TI Kadiwéu para conter o avanço da destruição ambiental.

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