Um morador da região Norte da Capital, de 34 anos, foi preso nesta quinta-feira (31) suspeito de cometer uma série de estupros contra mulheres em diferentes bairros de Campo Grande.
De acordo com as investigações da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam) e da Delegacia Especializada em Repressão a Roubo a Bancos Assaltos e Sequestro (Garras), seis mulheres foram vítimas do suspeito A.D.S.R. em um período de nove meses.
A prisão ocorreu após investigações que identificaram padrões nos crimes. O homem geralmente vigiava as vítimas e as ameaçava com uma faca, em alguns casos houve invasão de domicílio.
O suspeito foi identificado após o registro de um Boletim de Ocorrência, na semana passada, no dia 23, quando uma mulher teve a casa invadida no bairro Monte Castelo. Ela foi violentada após ter sido ameaçada com uma faca.
A.D.S.R chegou a ser reconhecido por três mulheres em uma série de procedimentos de identificação. Ele já tinha passagem pela polícia pelo mesmo crime.
Dupla de estupradores
De acordo com a Polícia Civil, os estupros eram cometidos por uma dupla de irmãos que, às vezes agiam juntos na abordagem e no abuso das vítimas. Os crimes ocorreram no bairro Monte Castelo, na região do Prosa e até no centro da cidade.
Entre as vítimas, estão mulheres de diferentes faixas etárias e condições sociais, incluindo duas em situação de rua e uma idosa de 82 anos, que foi violentada pelos dois irmãos. Ela chegou a ser internada devido à gravidade dos ferimentos.
O segundo acusado é Osmil Pereira Ramos, de 47 anos, que está foragido. Ele teve a prisão preventiva decretada pela Justiça e a foto divulgada para que a população ajude a polícia a localizá-lo.
Denúncias devem ser feitas para o 190.
Um fato que chamou a atenção dos investigadores é que o irmão mais velho da dupla também está preso, condenado pelo mesmo crime de abuso sexual.
A coordenadora do Setor de Investigação de Crimes de Feminicídio e Crimes Sexuais (Sefem), da Deam, delegada Analu Lacerda informou que os suspeitos sondavam as rotinas das vítimas para cometer os crimes.
“Nós catalogamos os crimes – os padrões de cada autor -, e verificamos quando eles foram presos, quando vão ser soltos, e aí nós temos um arquivo nosso com essas características. […] a gente verificou que esse rapaz estava solto, e o padrão dele era similar ao da prisão em flagrante“, relata a delegada Analu.
A polícia continua com ações para encontrar Osmil. Outras três vítimas ainda devem fazer os procedimentos de reconhecimento do suspeito.