Ronaldo Cardoso, suplente de vereador em Campo Grande pelo Podemos, foi detido nesta sexta-feira (28) durante a Operação Chiusura, uma ação nacional contra o Primeiro Comando da Capital (PCC). A prisão ocorreu no Rio Grande do Norte, e a operação foi liderada pela Polícia Civil do Distrito Federal. O objetivo é desmantelar uma organização criminosa especializada em tráfico de drogas e lavagem de dinheiro.
A quadrilha, identificada como "Sinaloa", tem ramificações em Mato Grosso do Sul, e investigações apontam que traficantes de Goiás, agora em Maceió, mantêm associação com um líder do PCC natural de Campo Grande. Este criminoso, conhecido como "Especialista", está preso na Bolívia desde 2023, após ser capturado com granadas e uma aeronave carregada de cocaína. Familiares dele, que residem em Mato Grosso do Sul, atuam como "testas de ferro" no esquema.
A operação cumpriu mandados de prisão em Campo Grande, mas os suspeitos foram localizados e detidos no Rio Grande do Norte. O núcleo de Mato Grosso do Sul tinha vínculos estreitos com o estado nordestino, onde um dos investigados possui uma pousada. Em Campo Grande, a Polícia Civil do DF contou com apoio da Garras, cumprindo seis mandados de busca e apreensão, incluindo em uma associação sem fins lucrativos no bairro Moreninha 3, onde foram apreendidos documentos.
A Operação Chiusura já cumpriu 19 mandados de prisão e 80 de busca e apreensão, com o sequestro de veículos e imóveis, além do bloqueio de contas bancárias, incluindo uma fintech que movimentou R$ 300 milhões. A quadrilha adquiria e distribuía drogas no Distrito Federal e outros estados, além de realizar lavagem de dinheiro. O nome da operação, "Chiusura", simboliza o desmantelamento completo das atividades criminosas.
