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Em coletiva na Superinetendência da PF nesta manhã: Henry Tamashiro (auditor-fiscal RF), Cleo Mazzotti (Superintendente PF MS), Felipe Menezes (Delegado da PF), Luiz Alexandre Gomes da Silva, (Superintendente PRF MS)
A ‘Operação Nepsis’, deflagrada em conjunto pela Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal cumpriu 29 mandados de prisão neste sábado (22) contra pessoas envolvidas em esquema de contrabando em todo o país. Entre as 29 pessoas presas, 5 policiais rodoviários federais, 4 policiais militares e 2 policiais civis também foram detidos, acusados de envolvimento no esquema criminoso.
Em coletiva na Superintendência da PF, em Campo Grande, os responsáveis pelas investigações detalharam a maneira com que a quadrilha agia dentro e fora do país. Segundo o superintendente da PF no MS, Cleo Mazzotti, a organização criminosa investigada pela operação, se estruturava com base em dois eixos principais: hierarquia empresarial e logística com cargos bem divididos e, participação de policiais corrompidos, fornecendo informações e favorecendo o transporte do contrabando.
De acordo com a investigação, só em 2017, a organização criminosa movimentou, aproximadamente R$ 1,5 bilhão. Em 2017 a PRF tirou de circulação mais de 94 milhões de maços. Somando-se o volume de apreensões entre os anos de 2014 e 2017 a quantidade de maços alcança o patamar de 273 milhões de maços. Isso representa um total de aproximadamente 5,5 bilhões de cigarros apreendidos. Os estados do Paraná, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, são os campeões em apreensões. A Receita Federal estima um prejuízo aproximado de R$ 5 bilhões ao ano com esse tipo de evasão fiscal.
Ao todo, foram expedidos 86 mandados de prisão, sendo 35 de prisão preventiva, 8 de prisão temporária e 43 de busca e apreensão. Três dos quatro líderes da organização foram presos em Maceió (AL), durante preparativos para casamento de um deles. O outro cabeça da quadrilha foi preso próximo ao município de Eldorado, enquanto pescava.
O delegado da PF, Luiz Alexandre Gomes da Silva, destacou a dificuldade da polícia para chegar à prisão dos “patrões” da facção. “Os líderes dessa organização criminosa se refugiavam no Paraguai desde 2011 e não vinha ao Brasil, por isso, quando tivemos a informação de que eles estariam em Maceió para um casamento, vimos uma oportunidade única para efetuarmos a prisão”, explicou o delegado.
A Operação Nepsis foi uma ação integrada entre a PF, PRF e Receita Federal, contando com o apoio do Exército Brasileiro, Força Aérea e Polícias Militares dos estados de atuação.