Campo Grande 00:00:00 Terça-feira, 29 de Abril de 2025


Executivo Terça-feira, 29 de Abril de 2025, 17:01 - A | A

Terça-feira, 29 de Abril de 2025, 17h:01 - A | A

Interior

Dourados cobra mais recursos para a saúde pública

Prefeito apresenta disparidade nos repasses e pede apoio do Estado para enfrentar superlotação

Vivianne Nunes
Capital News

O prefeito de Dourados, Marçal Filho, e o secretário municipal de Saúde, Márcio Figueiredo, receberam uma comitiva da Secretaria de Estado de Saúde para discutir a situação crítica da saúde pública no município. No encontro, Marçal entregou ao secretário estadual, Maurício Simões, um levantamento que evidencia a defasagem nos repasses estaduais em comparação a outras cidades.

De acordo com o documento, Dourados recebe R$ 8,5 milhões por mês para atender cerca de 867 mil habitantes, resultando em um valor per capita de R$ 9,81. Já Três Lagoas recebe R$ 24,50 e Ponta Porã, R$ 23,60 por habitante. "Dourados cobre uma macrorregião com 34 municípios, o que amplia ainda mais a pressão sobre nossos serviços", alertou Márcio Figueiredo.

A superlotação em unidades como o Hospital da Vida, a UPA e o Hospital Universitário da UFGD foi destacada como um dos principais problemas enfrentados. O prefeito lembrou que assumiu o mandato em janeiro em meio a "graves dificuldades em todas as áreas", agravadas pelo comprometimento de 53,7% da arrecadação municipal com a folha de pagamento.

Durante a reunião, a Prefeitura também solicitou apoio para a reforma e ampliação de 15 a 20 unidades básicas de saúde. "Precisamos de infraestrutura adequada para garantir atendimento de qualidade à nossa população", frisou o secretário de Saúde.

Maurício Simões afirmou que o governo estadual pretende atuar de forma municipalista. "Queremos ser parceiros de Dourados", garantiu. Ele explicou que o Estado está revisando os valores de repasses, considerando a produção hospitalar de cada município. "Hospitais que não atingirem o volume de procedimentos poderão ter recursos realocados para unidades mais produtivas, como Dourados", afirmou.

O governo também estuda soluções específicas para as macrorregiões, buscando um novo modelo que distribua melhor a carga assistencial entre os municípios.

Comente esta notícia


Reportagem Especial LEIA MAIS