Policiais militares acusados de envolvimento com quadrilha de contrabando recebiam de R$ 3 mil a R$ 6 mil por carregamento de carreta de cigarro contrabandeado. A informação foi repassada na tarde desta quarta-feira (23) durante coletiva realizada no auditório da Procuradoria Geral de Justiça de Mato Grosso do Sul, em Campo Grande, junto aos representantes dos órgãos envolvidos na Operação Alvorada Voraz.
Além de sete PMs envolvidos com o esquema de corrupção, um agente tributário também foi presos. Ele recebia R$ 6 mil por carreta liberada. Durante um ano de investigação foram apreendidas 30 carretas de cigarros, sendo 750 mil pacotes, ou, sete milhões de maços, além de 55 veículos (entre carros e carretas).
O número das apreensões representa perda de R$ 15 milhões para as organizações criminosas. Uma vez que cada carreta valia meio milhão de reais.
Os integrantes da quadrilha responderão por formação de quadrilha, corrupção ativa e passiva, lavagem de capital e contrabando.
Um balanço realizado 15 minutos antes de começar a coletiva desta tarde indicou que foram cumpridos 10 mandados de prisão (de civis), três mandados de policias, um mandado de um agente tributário, 12 veículos, uma arma de fogo e objetos e documentos que serão investigados.
Ao ser questionado sobre a ação dos policias dentro da corporação, o comandante-geral da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul, Carlos Alberto David dos Santos foi categórico em dizer que os acusados não podem ser chamados de policiais.
“Não eram policiais e sim bandidos que usam o Estado para o bem próprio. Demonstra a falta de sentimento deles para com a sociedade e com a entidade”, desabafa o coronel.

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Foto: Deurico/Capital News
Ainda conforme o coronel, um inquérito será instaurado, e, caso não seja comprovado o envolvimento dos policiais no crime, eles retornam ao trabalho normalmente.
As estradas estaduais eram as mais utilizadas pelos criminosos para chegarem até Campo Grande. Além de Mato Grosso do Sul Foram aprendidas carretas em Goiás, Minas Gerais, São Paulo e Paraná.
A promotora de justiça Jiskia Sndri Trentin não descarta o envolvimento de mais pessoas envolvidas no caso.

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Foto: Deurico/Capital News
Ao total, até o momento, durante as operações Holambra, Fumaça do Mal e esta última, já foram apreendidos 29 policiais militares acusados de envolvimento com a criminalidade.
A Operação Alvorada Voraz é realizada em conjunto com o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e o Comando da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul, com auxílio do Núcleo de Repressão ao Contrabando e Descaminho da Receita Federal (Nurep).
A operação é realizada nas cidades de Antonio João, Caracol, Jardim, Porto Murtinho, Campo Grande, Eldorado e Brasilândia, além de Brasília (DF) e Umuarama (PR).
Meu Deus do Céu 24/11/2011
Corrupção é corrupção em qualquer esfera da sociedade. Receber dinheiro para campanha e favorecimento ilicito não tem nada a ver com corrupção. É apenas troca de favores em prol do interesse alheio. Seeeeee der para ganhar algum dinheiro será apenas mera coincidencia! Ajuda ai meu Deus!!!
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