Segunda fase da operação Sintonia do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO), foi deflagrada, nesta segunda-feira (18), para cumprimento de 67 mandados de prisão e 35 de busca e apreensão nas cidades de Campo Grande, Dourados, Amambai, Bela Vista, Corguinho, Maracaju, Naviraí, Nova Andradina e Rochedo.
As investigações buscaram identificar e desarticular integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC) que, mesmo do interior do sistema prisional e muitas vezes já condenados por integrarem organização criminosa, mantinham-se em sintonia com faccionados em liberdade, valendo-se do uso de comunicações telefônicas, a fim de autorizar, gerenciar, coordenar e praticar supostos crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico, porte ilegal de arma de fogo, roubo, sequestros e homicídios no Estado.
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Segundo as informações do GAECO, foram identificados a prática de diversos crimes relacionados à estrutura financeira e orgânica do PCC, uma vez que as condutas investigadas diziam respeito à movimentação criminosa da facção para angariar capital ilícito, bem como punir e manter a disciplina de integrantes que não seguiam as diretrizes da organização criminosa, como deixar de quitar débitos com a comercialização de drogas ou arrecadação das “rifas” (espécie de loteria do crime).
A operação foi deflagrada com o apoio do Batalhão de Choque e do Batalhão de Operações Especiais (Bope).
Primeira fase
Operação “Courrier”, cumpriu 38 mandados judiciais nas cidades de Campo Grande, Dourados, Jardim e Jaraguari, dos quais são alvos seis advogados, um servidor do Poder Judiciário, um servidor da Defensoria Pública, um policial penal, entre outros, no dia 25 de março.
De acordo como o Ministério Público do Estado (MPMS), as investigações apontaram a formação do núcleo “Sintonia dos Gravatas”, célula do Primeiro Comando da Capital (PCC), na qual advogados valem-se, criminosamente, de suas prerrogativas constitucionais para transmitirem recados de faccionados presos a outros membros da organização criminosa, inclusive referentes a planejamento de atentados contra a vida de agentes públicos, dentre os quais, um Promotor do GAECO/MS e um Juiz de Direito da Capital.