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Polícia Terça-feira, 14 de Março de 2023, 14:40 - A | A

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Polícia

Suspeito de envolvimento com o PCC, defensor público é preso

Helkis Clark Ghizzi é um dos alvos da segunda fase da Operação “Courrier”

Elaine Oliveira
Capital News

Anderson Ramos/Arquivo Capital News

Gaeco operação cofee break - advogado João Amorim

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Por suspeita de integrar o Primeiro Comando da Capital (PCC), o defensor público Helkis Clark Ghizzi foi preso na manhã desta terça-feira (14) em cumprimento a um mandado expedido durante a segunda fase da Operação Courrier, chamada de "Maître". A operação foi deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco).

O defensor público foi abordado quando saía de casa, no Centro de Campo Grande. O mandado foi cumprido e o Helkis levado à Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) do Centro. Logo depois ele foi levado na companhia de seu advogado, ao Instituto Médico e Odontológico Legal (Imol), onde faz exame de corpo de delito. O defensor deve ficar detido em uma das celas do Presídio Militar.

O defensor público já havia sido afastado durante a deflagração da operação, no dia 1º de março deste ano, na Capital.

De acordo com o Gaeco nesta etapa da investigação são apurados crimes de associação criminosa, corrupção ativa, corrupção passiva e violação de sigilo funcional qualificada, atribuídos a um advogado apontado como “gravata” do PCC e que já se encontra custodiado preventivamente, um Defensor Público e seu ex-assessor, também advogado.

 

Em nota, a Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul disse que aguarda receber todas as informações a respeito da operação realizada nesta terça-feira.

Operação Courrier
Participam da Operação 4 (quatro) Promotores de Justiça e 20 (vinte) policiais do GAECO. As diligências também são acompanhadas pela Defensoria-Geral, pela Corregedoria-Geral da Defensoria Pública e pela Comissão de Defesa e Assistências das Prerrogativas dos Advogados (CDA/OAB/MS).

O nome da operação faz alusão à forma pela qual os demais integrantes da associação criminosa referiam-se ao Defensor Público, denominando-o “Mestre”. Maître, em francês, que é tratamento conferido aos operadores do Direito.

Na época, além de Helkis Clark, seu filho Bruno Ghizzi e Jesuel Marques Ramires, ex-assessor da Defensoria Pública, foram exonerados da função. Bruno está preso desde o ano passado.

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