Durante um discurso em defesa da democracia no Palácio do Planalto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez uma declaração controversa ao afirmar que maridos tendem a amar mais as amantes do que as próprias esposas. A fala ocorreu na presença de sua esposa, Rosângela da Silva, a Janja, e foi feita enquanto o presidente se definia como um "amante da democracia".
Marcelo Camargo/Agência Brasil
A fala ocorreu na presença de sua esposa, Rosângela da Silva, a Janja, e foi feita enquanto o presidente se definia como um "amante da democracia"
Lula explicou que, como amante da democracia, ele se identifica com a paixão muitas vezes demonstrada por quem ama mais a amante do que a esposa, dizendo: “Não sou nem marido, eu sou um amante da democracia. Porque a maioria das vezes os amantes são mais apaixonados pela amante do que pelas mulheres. Eu sou um amante da democracia.” A declaração gerou repercussão, e, após o evento, o futuro ministro da Secretaria de Comunicação, Sidônio Palmeira, foi questionado por jornalistas sobre a fala de Lula, que foi considerada sexista e machista por alguns.
Em sua resposta, Sidônio Palmeira preferiu se resguardar, explicando que não assumiu oficialmente o cargo e que a análise da fala ficaria a cargo de outros ministros. Ele destacou que o presidente possui muitos atributos, inclusive no modo como se expressa, e que, como novo ministro, se posicionaria publicamente apenas após sua posse formal.