Marcelo Camargo/Agência Brasil
Alckmin apresentou o programa ao presidente Lula em evento nesta segunda-feira
O Governo Federal lançou, nesta segunda-feira (22), o programa Nova Indústria Brasil, com previsão de financiamento no plano de ações com mais de R$ 300 bilhões até 2026. A nova política foi apresentada pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, durante reunião do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI), com a participação do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.
A política industrial vai nortear o desenvolvimento do setor com sustentabilidade e inovação até 2033. “Os R$ 330 bilhões que podem ser aportados é um alento de que podemos sair do patamar em que nos encontramos e dar um salto de qualidade”, disse o presidente. Lula afirmou que agora é preciso empenho para chegar ao final do governo com o que está escrito no papel cumprido. “Temos mais três anos pela frente e o objetivo aqui, me parece, é chegar ao final dos três anos com algo concreto para a sociedade falar: discutimos, aprovamos e aconteceu”, completa.
O vice-presidente, Geraldo Alckmin, afirmou que esse é um momento histórico e reflete o compromisso do governo com a construção de um País competitivo, inovador e na vanguarda da transformação ecológica. “A nova política posiciona a inovação e a sustentabilidade no centro do desenvolvimento econômico, estimulando a pesquisa e a tecnologia nos mais diversos segmentos, com responsabilidade social e ambiental”, disse.
Os R$ 300 bilhões disponíveis para financiamento até 2026 serão geridos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Finep e Embrapii e disponibilizados por meio de linhas específicas, não reembolsáveis ou reembolsáveis, e recursos por meio de mercado de capitais, em alinhamento aos objetivos e prioridades das missões para promover a neoindustrialização nacional.
Os recursos estão organizados dentro do Plano Mais Produção, um conjunto de soluções financeiras que irão viabilizar o financiamento da política industrial de forma contínua nos próximos três anos.
Metas e prioridades
A Nova Indústria Brasil define metas para cada uma das seis missões que norteiam os esforços até 2033. Para alcançar cada meta, há áreas prioritárias para investimentos e um conjunto de ações.
A “missão 1” define garantia da segurança alimentar e nutricional dos brasileiros passa pelo fortalecimento das cadeias agroindustriais. A “missão 2” engloba área da saúde, cuja meta é ampliar a participação da produção no País de 42% para 70% das necessidades nacionais em medicamentos, vacinas, equipamentos e dispositivos médicos, entre outros, o que contribuirá para fortalecer o Sistema Único de Saúde e melhorar o acesso da população à saúde. A nova política também definiu metas para melhoria do bem-estar das pessoas nas cidades na “missão 3”, que envolve infraestrutura, saneamento, moradia e mobilidade sustentáveis.
Para tornar a indústria mais moderna e disruptiva, na “missão 4” há a meta de transformar digitalmente 90% do total das empresas industriais brasileiras (hoje são 23,5%) digitalizadas e triplicar a participação da produção nacional nos segmentos de novas tecnologias.
Entre as metas estabelecidas com foco na bieconomia, descarbonização e transição e segurança energéticas, descritas na “missão 5”, está a de ampliar em 50% a participação dos biocombustíveis na matriz energética de transportes. Por fim, a “missão 6” foca na área da defesa, onde pretende-se alcançar autonomia na produção de 50% das tecnologias críticas de maneira a fortalecer a soberania nacional.
Júlio César Vilela Junqueira 23/01/2024
Uma Notícia muito boa, espero ser contemplado por esse programa.
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