Durante reunião na Câmara Municipal de Campo Grande nesta terça-feira (15), o secretário da Semadesc, Jaime Verruck, propôs a criação de uma nova lei para nortear o desenvolvimento econômico da Capital. Segundo ele, o atual momento de industrialização do Estado exige que Campo Grande tenha mecanismos atualizados para atrair investimentos. “É o momento”, afirmou o secretário, ao destacar que o município precisa acompanhar o ritmo de crescimento de Mato Grosso do Sul.
Verruck explicou que as indústrias tendem a se instalar próximas das fontes de matéria-prima, como ocorre com as fábricas de celulose no leste do Estado e as agroindústrias nas regiões produtoras de grãos. No entanto, reforçou que a Capital tem muito a ganhar com esse processo, seja com o aumento da ocupação hoteleira e do fluxo aéreo, seja pela contratação de profissionais e serviços locais. Ele ainda defendeu a qualificação da mão de obra e a ampliação de creches como ferramentas para impulsionar a economia local.
Mairinco de Pauda/Semadesc

Secretário sugere a vereadores criação de nova Lei de Desenvolvimento para Campo Grande
O secretário também propôs que a cidade crie uma estrutura própria para captação de investimentos e sugeriu a implantação efetiva da Lei de Liberdade Econômica, que já foi aprovada pela Câmara, mas precisa ser aplicada. Ele revelou que 44 projetos aguardam aprovação no Prodes e sugeriu aos vereadores a formação de uma força-tarefa para acelerar essa análise. “Temos que liberar aquelas atividades sem ou com baixo impacto de licenciamento para destravar o desenvolvimento”, disse.
Durante a reunião, Verruck apresentou números que mostram o bom desempenho de Mato Grosso do Sul na economia nacional e reforçou que Campo Grande pode avançar ainda mais. “Viemos trazer esses esclarecimentos para que os vereadores se situem na mesma página do livro do desenvolvimento de Mato Grosso do Sul”, afirmou. O presidente da Câmara, Epaminondas Neto, agradeceu a presença do secretário e afirmou: “Campo Grande precisa industrializar, pois arrecada muito ICMS, mas perde espaço na divisão dos recursos estaduais”.