Uma reunião em Brasília marcou o compromisso de Brasil, Chile e Paraguai para destravar os entraves da Rota Bioceânica Capricórnio em até dois meses. O presidente chileno Gabriel Boric, o governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, e a ministra do Planejamento, Simone Tebet, participaram do encontro ao lado de empresários dos três países. A rota vai ligar o Atlântico ao Pacífico, com a conclusão da ponte entre Porto Murtinho (MS) e Carmelo Peralta prevista para 2026.
Riedel destacou que a visita do presidente chileno reforça o compromisso com o projeto. “A presença de Boric e de uma grande delegação de empresários mostra o quanto esse projeto está avançando”, afirmou. Ele também anunciou um novo encontro, em até dois meses, em Mato Grosso do Sul: “Será a oportunidade para aflorar os negócios que surgirão com a operação da Rota”.
Para a ministra Simone Tebet, o engajamento do Chile é um divisor de águas. “O presidente Boric veio com seus ministros e empresários para dizer que o Chile está 100% comprometido com a Rota”, declarou. Ela também afirmou que Mato Grosso do Sul sairá na frente: “Nenhum estado brasileiro está tão próximo do Paraguai e do Chile quanto o nosso”.
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O secretário Jaime Verruck ressaltou o papel central do estado: “Hoje representamos 17% do mercado chileno de carne. Com a Rota, podemos chegar a 30%”. A obra da ponte já está com 70% concluída, segundo ele, e o desafio agora é “atrair a iniciativa privada e agilizar os trâmites alfandegários para consolidar o fluxo comercial da Rota”.