Depois da aprovação do Presidente Lula, nesta quarta-feira (31), em Corumbá, do Projeto de Lei que institui a Política Nacional de Manejo Integrado do Fogo, com diretrizes para o uso controlado em atividades de manejo de vegetação, Mato Grosso do Sul sai na frente como pioneiro no país a adotar um plano específico de MIF (Manejo Integrado do Fogo). Esta decisão, permitiu ao Estado uma resposta mais eficaz e integrada às emergências ambientais.
Proposta essa que consolidou com a criação do Plano Estadual de Manejo Integrado do Fogo (PEMIF), de 15 de abril de 2021. Um esforço coordenado do Governo do Estado, por meio da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação) e o Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul (CBMMS), em parceria com a superintendência do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) no Estado.
Ricardo Stuckert / PR
Presidente Lula, durante sobrevoo de áreas incendiadas, em Corumbá
Entre 2021 e 2022, o governo estadual investiu cerca de R$ 55 milhões na aquisição de equipamentos e na formação de profissionais. Além disso, cursos especializados, como operações com drones e manejo de aeronaves remotamente pilotadas, foram ministrados para melhorar a capacidade de resposta dos bombeiros.
O estado se tornou referência em monitoramento e combate a incêndios florestais, com elogios de diversas entidades ambientais e governamentais. A colaboração com a NASA em projetos de monitoramento via satélite é um exemplo do uso de tecnologia de ponta para a prevenção de desastres ambientais.
O secretário Jaime Verruck acrescenta que o PEMIF reconhece o papel ecológico do fogo nos ecossistemas. Além disso, enfatiza que há também uma questão importante de destacar, que são os Saberes e as Práticas de uso tradicional do fogo.
Ele fala ainda que partir dessa metodologia do uso tradicional, acoplada a toda a avaliação científica desse processo, Mato Grosso do Sul implementou uma técnica visando reduzir a incidência e danos dos incêndios florestais em todo o território sul-mato-grossense.
“Esse foi o grande objetivo, daí a questão do pioneirismo. É um processo de mudança cultural e o governo federal agora, com uma lei em nível nacional, com certeza fortalece a política que nós já adotamos”. Finaliza.
