Mato Grosso do Sul possui, atualmente, um total de 3.376 barragens registradas, das quais 1.028 estão com algum tipo de irregularidade ou pendente de documentação. As informações são do Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) e o tema tem despertado grande preocupação depois que uma barragem se rompeu no início da semana no condomínio de luxo Nasa Park, deixando um rastro de destruição em rodovia e propriedades privadas.
A fiscalização das barragens no estado é conduzida pelo órgão em pareria com outros órgãos ambientais e da defesa civil. Segundo a assessoria, o processo de fiscalização envolve o monitoramento regular, inspeções in loco e a análise de documentações e relatórios técnicos apresentados pelos responsáveis pelas barragens.
Além disso, há um sistema de cadastramento e atualização contínua das informações sobre as barragens, que permite ao Instituto monitorar a situação das mesmas. As barragens são classificadas com base em critérios como o potencial de dano associado e o risco de acidentes, o que determina a frequência e o tipo de inspeção que precisa ser feita pelos empreendedores.
No caso do Nasa Park, o proprietário foi multado inicialmente em pouco mais de R$ 700 mil. Ele já vinha sendo notificado pelo órgão desde 2019, mas não tomou nenhuma providência.
Durante a semana o diretor-presidente órgão, André Borges, chegou a dizer que não houve qualquer evento climático que pudesse justificar o ocorrido, o que só aumenta a suspeita de uma falha estrutural, que pode ter sido causada pela falta de manutenção.
• Saiba mais sobre o rompimento da barragem do loteamento Nasa Park, em Jaraguari