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Executivo Quarta-feira, 03 de Julho de 2024, 09:26 - A | A

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Combate ao Aedes aegypti

Método Wolbachia tem resultados positivos em Campo Grande

Projeto chegou a 74 bairros e sete regiões urbanas

Elaine Oliveira
Capital News

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) o World Mosquito Program (WMP), a prefeitura de Campo Grande e o Governo de Estado do Mato Grosso do Sul anunciam a finalização da implementação do Método Wolbachia no município. A iniciativa contou com o financiamento do Ministério da Saúde. Dividido em seis fases, o projeto chegou a 74 bairros e sete regiões urbanas. Mais de 900.000 pessoas foram beneficiadas.

Desde o início do planejamento em 2019 e o começo das operações em 2020, o projeto tem alcançado resultados positivos. Em seis fases, abrangeu 74 bairros e sete regiões urbanas, atendendo aproximadamente 130.000 pessoas por fase. Durante todo o período, mais de 900.000 pessoas foram beneficiadas, com a produção de aproximadamente 2,7 kg de ovos, 870.000 tubos e a liberação de 102 milhões de mosquitos.

Os resultados do Método Wolbachia são positivos e representam uma ferramenta eficaz para o estado, pois foi realizado o projeto na nossa capital, que corresponde a maior parte da população do estado de Mato Grosso do Sul, sendo um estado endêmico que enfrenta há muitos anos as doenças transmitidas pelo Aedes aegypti. Este projeto fortaleceu a colaboração entre a comunidade científica, as autoridades de saúde e a população, demonstrando que juntos somos mais fortes e mais capazes de enfrentar desafios complexos. – Larissa Castilho – Superintendente de Vigilância em Saúde – SES/MS.

Para potencializar a implementação do método, Campo Grande ganhou uma biofábrica para a produção desses mosquitos. Os ovos do Aedes aegypti com Wolbachia eram enviados do Rio de Janeiro e acompanhados até a fase adulta na biofábrica local, onde eram liberados em ciclos de 16 semanas. Assim, nasciam em berço campo-grandense os mosquitos pantaneiros com Wolbachia.

O Método Wolbachia consiste na liberação de Aedes aegypti com a bactéria Wolbachia, que impede que os vírus da dengue, Zika, chikungunya e febre amarela se desenvolvam dentro do mosquito. Esses mosquitos se reproduzem com os mosquitos locais, gerando uma nova população com Wolbachia. Com o tempo, a porcentagem de mosquitos infectados com a bactéria aumenta, eliminando a necessidade de novas liberações.

A eficácia do método é comprovada. No Brasil, houve uma redução de até 70% nos casos de dengue e de 60% nos casos de chikungunya em Niterói, que se tornou o município com menor número de casos de dengue no Estado do Rio de Janeiro, registrando apenas nove casos até abril de 2023.

Os mosquitos Aedes aegypti com Wolbachia não são modificados geneticamente. Também não se deve utilizar a expressão Aedes do Bem (ou mosquitos do bem), pois se trata da marca registrada de outra técnica, diferente do Método Wolbachia.

Divulgação/PMCG

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