O Governo do Estado de Mato Grosso do Sul anunciou nesta quinta-feira (11) que não há nenhum incêndio florestal ativo no Pantanal. O único foco de calor, localizado na região do Paraguai Mirim, foi controlado. A informação foi divulgada durante uma transmissão ao vivo, onde foram atualizados os dados sobre o combate ao fogo.
Trabalho de combate e rescaldo
A operação de combate envolveu militares e brigadistas em ações por terra, água e ar, e foi favorecida pelas condições climáticas recentes. "O satélite tem uma base de captura acima de 47ºC, então mesmo não havendo incêndios hoje no Pantanal sul-mato-grossense a gente faz as atividades de monitoramento e rescaldo", explicou a tenente-coronel Tatiane Inoue, diretora de Proteção Ambiental do Corpo de Bombeiros Militar.
Preocupação com a queima lenta
O foco agora é a queima lenta de troncos de árvores nas áreas atingidas pelo fogo, necessitando de rescaldo para evitar a reignição. A tenente-coronel Tatiane alertou que, apesar das condições favoráveis atuais, a tendência é que as temperaturas voltem a subir e a umidade relativa do ar diminua, aumentando o risco de novos incêndios.
Divulgação
Informação foi divulgada durante uma transmissão ao vivo, onde foram atualizados os dados sobre o combate ao fogo.
Previsão do tempo
A meteorologista Valesca Fernandes, do Cemtec (Centro de Monitoramento de Tempo e do Clima de Mato Grosso do Sul), informou que não há previsão de chuva nos próximos dias no Pantanal, exceto na região de Porto Murtinho. Até sábado, o tempo deve permanecer firme com temperaturas entre 11ºC e 23°C. Na próxima semana, as temperaturas podem atingir até 34ºC, com umidade relativa do ar entre 10% e 30%, condições propícias para novos incêndios.
Área queimada
De janeiro a 9 de julho de 2024, 594 mil hectares foram queimados no Pantanal sul-mato-grossense, representando 6% dos 9 milhões de hectares da região no Estado. Este aumento de 159% em relação ao mesmo período de 2020, que foi considerado a pior temporada de incêndios até então, destaca a gravidade da situação. Os dados são do Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro).
Focos de calor e operação de combate
Os focos de calor detectados via satélite totalizaram 3.098 de janeiro a 9 de julho, um aumento de 46,8% em relação ao mesmo período de 2020. A Operação Pantanal 2024 já dura 101 dias, com a participação de 516 bombeiros militares, além do apoio do Ibama, ICMbio, PrevFogo, Força Nacional e Forças Armadas. Mais de 400 integrantes se revezam no combate, utilizando 11 aeronaves, incluindo Air Tractors, helicópteros e o cargueiro KC-390, além de 39 veículos, como caminhonetes, caminhões e lanchas.
Monitoramento contínuo
Todas as regiões do Pantanal seguem em constante monitoramento com uso de drones e pela Sala de Situação em Campo Grande, garantindo uma resposta rápida e eficaz em caso de novos focos de incêndio.
#03 - Boletim Semanal Operação Pantanal