O tiro pode ter saído pela culatra para a prefeita Adriane Lopes, que ontem usou as redes sociais para divulgar um vídeo em que tenta se explicar pelos danos causados na região do Lago do Amor após uma chuva que ela mesma chama de "torrencial". No entanto, o que se pôde observar foi uma 'chuva' de comentários tempestuosos sobre a atual gestão.
"Essa tarde, choveu em duas horas o esperado para quinze dias. Nossas equipes agiram prontamente e estão nas ruas, verificando os danos e prestando assistência à população. Seguimos monitorando a situação e trabalhando para minimizar os impactos", afirmou a prefeita em sua publicação.
Logo abaixo, os comentários, que no início da manhã já passavam dos dois mil: "Nossa ela apareceu, será que coloca a bota pra andar na cidade? porque tá feio tem de tudo, mas ruas mas o que tem mais é buraco que não tem fim. Cadê a solução que falou tanto?", dizia um dos campograndenses revoltoso.
Por outro lado, o meteorologista Natálio Abraão lembra que já tinha avisado, no dia anterior, sobre a possibilidade de inundações quando divulgou a previsão dizendo: "Atenção! Entre esta terça e a sexta-feira, nas regiões sudeste do estado (...) há previsão de instabilidade com trovoadas e ventos acima de 60km/h, chuva de granizo e raios, além da forte chance de enchentes e transportamentos previstos para Campo Grande. O calor e a umidade vão potencializar o solo para esses eventos. Atenção nos bairros e nas estradas do centro sul sudeste sudoeste do estado", alertou.
A calçada do Lago do Amor, nas proximidades da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), que havia sido reconstruída após o temporal de março de 2023, voltou a ceder durante a forte chuva que atingiu Campo Grande nesta terça-feira (18).
O grande volume de chuvas causou o alagamento da Avenida Senador Filinto Müller, onde o lago está localizado, comprometendo a calçada e parte da pista. Motoristas filmaram a situação e a Polícia Militar de Trânsito interditou o local para evitar mais riscos.
Ainda na manhã desta quarta-feira (19) era possível vislumbrar a área de alagamento, que forçou motoristas e linhas de ônibus a mudarem suas rotas, incluindo os estudantes da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e adjacências.