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Reserva de Água

“Vamos acabar com isso”, diz Riedel sobre falta de água em aldeias de Dourados

Declaração foi feita no lançamento de programa para atender aldeias de 6 municípios

Viviane Freitas
Capital News

O governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, criticou duramente a situação da falta de água na Reserva de Dourados, onde vivem cerca de 20 mil indígenas. Ele classificou a escassez como uma "vergonha" e garantiu que seu governo não terminará sem resolver o problema que persiste há anos. Em uma declaração feita em Ponta Porã, nesta quinta-feira (21), Riedel afirmou que buscará recursos e apoio de parcerias para solucionar essa grave questão.

A declaração foi feita durante o lançamento da primeira etapa do programa "Água para Todos", uma iniciativa do governo estadual em parceria com o governo federal e a Itaipu Binacional. O projeto, que prevê um investimento de R$ 60 milhões, abrange a região do Cone Sul de Mato Grosso do Sul e atenderá oito aldeias de seis municípios. No entanto, a Reserva de Dourados, que inclui as aldeias Bororó e Jaguapiru, ficou de fora dessa primeira fase.

Riedel reafirmou seu compromisso com a comunidade indígena de Dourados, dizendo: "Não vamos terminar nosso mandato sem resolver o problema de Dourados. Vamos atrás de recursos, vamos pedir apoio da Itaipu, mas temos que acabar com essa vergonha. É inaceitável. Vamos avançar sem deixar ninguém para trás. Não quero acabar esse mandato sem entregar água e dignidade às pessoas e sem acabar com a pobreza extrema."

A falta de água continua afetando gravemente as aldeias de Dourados. Crianças estão perdendo aulas devido à falta de roupa limpa, uma consequência direta da escassez de água nas comunidades. A situação é crítica, e a pressão sobre o governo aumenta à medida que o problema se arrasta.

O evento em Ponta Porã também contou com a presença da ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, que destacou a importância da água como um direito básico. Ela anunciou que as aldeias de Dourados serão incluídas na segunda etapa do programa "Água para Todos", visando garantir o acesso à água potável. "Água é direito básico das pessoas. Estamos trazendo o que é básico, direito constituído", afirmou a ministra.

Além do programa de água, o evento também marcou a assinatura do convênio para a construção da Casa da Mulher Brasileira, com foco no atendimento a mulheres vítimas de violência. A ministra Cida Gonçalves, que participou da cerimônia, também comentou sobre a escassez de água nas aldeias e o sofrimento das mulheres, que muitas vezes são responsáveis por carregar água e enfrentar dificuldades diárias. O projeto contará com um investimento de R$ 8 milhões, sendo R$ 6 milhões da Itaipu Binacional e R$ 2 milhões do município de Ponta Porã.

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