Neste 23 de setembro, Dia Internacional contra a Exploração Sexual e o Tráfico de Mulheres e Crianças, a Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS) destaca a importância de refletir sobre os crimes que destroem famílias e afetam milhões de vítimas ao redor do mundo. De acordo com o último Relatório Global sobre Tráfico de Pessoas do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), 65% das vítimas de tráfico são mulheres e meninas, com a exploração sexual representando 50% dos casos.
A Campanha Coração Azul, instituída pela Lei Estadual 6.083 de 2023 e de autoria do presidente da ALEMS, deputado Gerson Claro (PP), é uma das ações voltadas para aumentar a conscientização da população sul-mato-grossense. O objetivo é desenvolver mecanismos de prevenção, apoiar vítimas e combater a impunidade. “É fundamental conscientizar a sociedade sobre a gravidade desse crime, que muitas vezes é invisibilizado”, justificou o deputado.
O tráfico de pessoas é um crime que afeta 25 milhões de pessoas anualmente, movimentando cerca de US$ 150 bilhões por ano, segundo dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). No Brasil, a pena para quem pratica esse crime varia de quatro a oito anos de reclusão e multa.
Como reconhecer uma vítima de tráfico humano?
A Defensoria Pública da União (DPU) elaborou uma cartilha com sinais que podem ajudar a identificar possíveis vítimas. Pessoas traficadas geralmente demonstram medo, tristeza e desconfiança ao falar, não possuem informações claras sobre onde estão e costumam deixar que terceiros falem por elas. Além disso, podem exibir sinais de violência e não ter acesso a cuidados médicos.
Prevenção e denúncia
Para se proteger, é importante desconfiar de ofertas de emprego fáceis e lucrativas e evitar assumir dívidas para pagar transporte ou entregar filhos a desconhecidos. As denúncias contra o tráfico de pessoas podem ser feitas por meio do Disque 100 ou Ligue 180.
Projeto Nova Transforma
