As eleições municipais de 2024 em Campo Grande revelaram falhas significativas nas previsões de institutos de pesquisa, que não conseguiram antecipar corretamente o resultado das urnas. Adriane Lopes (PP) foi reeleita Prefeita da Capital com 51,45% dos votos válidos, superando Rose Modesto (União Brasil), que obteve 48,55%. Embora as estimativas tenham apresentado uma margem de erro de 3% a 4% e um nível de confiança de 95%, a maioria indicava uma vitória de Rose, gerando resultados que divergiam consideravelmente do resultado final.
Vários institutos, incluindo AtlasIntel, Veritá, Futura/100% Cidades e Quaest, mostraram uma vantagem para Rose, com percentuais variando entre 50,9% e 54%. O Instituto Ômega foi o que se aproximou mais do resultado real, registrando 46,55% para Adriane e 37,35% para Rose, com uma parcela significativa de entrevistados ainda indecisos ou optando por votos em branco ou nulos. Essa diferença acentuada nas previsões destaca a necessidade de reavaliar as metodologias utilizadas por esses institutos.
Instituto | Rose Modesto (%) | Adriane Lopes (%) |
AtlasIntel | 54 | 46 |
Veritá | 53.9 | 46.1 |
Instituto Futura/100% Cidades | 52.8 | 47.2 |
Quaest | 51 | 49 |
Novo Ibrape | 50.9 | 49.1 |
Omega | 37.35 | 46.55 |
Outro erro na última pesquisa, foi do Instituto Ranking Brasil Inteligência, que trouxe os números no 5º levantamento do 2º turno para prefeita de Campo Grande. Dois mil moradores das sete regiões urbanas de Campo Grande apontavam a vitória da candidata Rose Modesto no levantamento estimulado, com 47% das intenções de votos, e a Prefeita Adriane Lopes com 44%, sendo que 9% dos entrevistados não sabiam ou não responderam. As urnas mostraram outra realidade no final.
A discrepância entre as pesquisas e os resultados das eleições reacende o debate sobre a confiabilidade das metodologias de coleta e amostragem. As previsões imprecisas, especialmente em pesquisas de boca de urna, levantam questões sobre a influência que esses dados podem ter na opinião pública. Assim, é crucial que haja um rigor maior na supervisão dos dados apresentados, para evitar que erros técnicos ou manipulações comprometam a integridade do processo eleitoral.