Uma comitiva com autoridades brasileiras participou da 46ª Conferência de Chefes de Governo da Comunidade do Caribe (Caricom), realizada na Guiana, e defendeu a construção de Rotas de Integração entre o Brasil e países vizinhos. Participaram do evento a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, o presidente Luis Inácio Lula da Silva e os ministros Waldez Góes, da Integração e do Desenvolvimento Regional, Silvio Costa Filho, dos Portos e Aeroportos do Brasil, além de Renan Filho, dos Transportes.
As Rotas de Integração visam encurtar distâncias entre os países da América do Sul, impactando na economia de importação e exportação. “Essa rota beneficia todo mundo. Envolve Venezuela, Guiana, Suriname e Guiana Francesa. E pelo lado do Brasil, estamos falando pelo menos de quatro estados: Amapá, Roraima, Pará e Amazonas”, declarou Tebet.
A ministra sul-mato-grossense destacou que não haverá custos adicionais aos cofres públicos já que as obras estão incluídas no Novo PAC. “Quando mapeamos essas cinco rotas, definimos claramente um calendário de entrega e de onde vão sair os recursos. Pelo lado do Brasil não vamos gastar um centavo mais”, disse Simone Tebet. O programa é um conjunto de investimentos e esforços entre governo federal, estados, municípios, instituições privadas e movimentos sociais.
O presidente Lula convidou os países participantes a se juntarem à aliança global de combate à fome e à pobreza que será lançada pela presidência brasileira no G20 e destacou que a integração entre os países pode contribuir para esse objetivo. “Queremos literalmente pavimentar o nosso caminho para o Caribe. Abriremos corredores capazes de suprir as demandas de abastecimento e fortalecer a segurança alimentar da região", disse o presidente.
Simone Tebet falou sobre o potencial comercial entre Brasil e Guiana, com destaque para a exportação de grãos e commodities brasileiros para o país vizinho. "Com isso teremos menos prazo, menos tempo, diminuiremos o custo logístico, garantiremos maior competitividade entre os nossos produtos e vamos integrar nossos povos, os laços culturais, gerando emprego e renda para toda região", concluiu a ministra.