Durante sessão ordinária na manhã desta quinta-feira (4) na Câmara Municipal, uma “rusga” entre vereadores do mesmo partido chamou a atenção. Na ausência momentânea de Paulo Siufi (PMDB), Ribeiro (PMDB) presidia a mesa, quando Alcides Bernal (PP), no uso da palavra livre, iniciou discurso apoiando o congelamento da tarifa de transporte coletivo da Capital e cobrando do prefeito Nelson Trad Filho (PMDB) que apresente e explique a planilha de custos das empresas antes de tomar alguma decisão sobre o preço. “Com esse preço ninguém mais vai andar de ônibus. As pessoas vão acabar preferindo usar bicicletas”, disse Bernal.
Nesse momento, o vereador foi interrompido por Ribeiro: “Andar de bicicleta faz muito bem à saúde”, disse ele, que é dono das lojas “Ciclo Ribeiro”, e pediu para Bernal finalizar sua fala que já ultrapassava o tempo permitido de 10 minutos e ainda, citou o dia de ontem, em que Bernal falou “mais de 50 minutos”. “52 minutos senhor presidente”, rebateu Bernal.
Alcides Bernal (PP)
Foto: Nadia Nadalon/Arquivo Capital News
Alcides Bernal respondeu a Ribeiro concordando sobre bicicletas fazerem bem à saúde, o que irritou seu único colega de partido no parlamento, Lídio Lopes, que estava à espera da palavra e indagou: “Agora virou debate e eu vou ficar aqui esperando?”
Para terminar, Bernal foi chamar o colega para se pronunciar e cometeu a "gafe" de se referir a ele como “Pastor Lídio”. Por sua vez, Lídio, que é líder do PP dentro da Casa, respondeu ao correligionário: “Não é a primeira vez que peço. Vereador Bernal, refira-se a mim aqui dentro como Lídio Lopes e não como Pastor Lídio. Aqui, sou o vereador Lídio Lopes.”
Lídio Lopes, líder do PP na casa
Foto: Nadia Nadalon/Arquivo Capital News
Após as “escusas” de Bernal sobre a denominação imprópria, Lídio defendeu o prefeito dizendo que também é de interesse dele o congelamento do passe. A postura de Bernal em cobrança a Nelsinho na Câmara persiste desde a sessão de ontem, em que o tema de suas falas foram os estragos das chuvas que ainda não foram resolvidos pela prefeitura.
Por: Ana Maria Assis - (www.capitalnews.com.br)
