O governador André Puccinelli (PMDB) disse que aguarda o anúncio da ministra-chefe da Casa Civil Dilma Rousseff (PT) – candidata de Luiz Inácio Lula da Silva à sua sucessão – de quem ele apoia em Mato Grosso do Sul na disputa pelo governo, a ele ou ao ex-governador José Orcírio Miranda dos Santos (o Zeca do PT). Ou seja, parece ter “jogado” para ela a decisão sobre dar ou não palanque à presidenciável aqui no Estado.
As afirmações de André foram pronunciadas durante entrevista concedida ao programa de rádio Tribuna Livre, da FM Capital, via telefonema enquanto esperava Lula no aeroporto de Três Lagoas (cidade distante 334 quilômetros a leste da Capital), onde participa de evento de lançamento oficial de fábrica de celulose.
André passou a ideia de que a “melhor escolha” para Dilma seria apoiá-lo mesmo com a candidatura de Zeca – correligionário dela – ficando mais fortalecida.
“Toda boa moça procura o melhor moço. Todo bom moço procura a melhor moça. As pesquisas dizem que o noivo [referindo-se a si mesmo] é mais bonito. As pesquisas dizem que o noivo é correto, retilíneo, sem qualquer mácula. Então, eu creio que se a noiva quisesse – ou queira – escolher, escolheria o melhor noivo. Se errar de noivo, o problema é da noiva não é meu”, enfatizou André.
Quanto à possibilidade de existirem dois palanques a Dilma em Mato Grosso do Sul, André mais uma vez se mostrou arredio. Ele não aceita fazer campanha pedindo voto para a atual ministra se Zeca for candidato com aval dela. “Sou monogâmico, católico e não tem esse negócio de um homem escolher duas mulheres ou de uma mulher escolher dois homens. Que escolha o que ela julga ser melhor.”
Ele complementou a informação dizendo que não pediu em momento algum para que Lula ou Dilma tirassem Zeca da disputa. “Eu sempre falei isso [parecendo querer afirmar que esperaria por uma decisão de Dilma e Lula]. Eu nunca pedi a retirada do ex-governador José Orcírio Miranda dos Santos do páreo, como diz a população. Nós [ele, André] sempre usamos a mesma figura: ‘O noivo está no altar com o cravo branco na lapela’. A cor branca representando a paz e a tranquilidade. A noiva que vai escolher. Que escolha.”
Zeca e André por diversas vezes deixaram transpassar clima de revanche do último embate político envolvendo ambos: a disputa pela Prefeitura da Capital em 1996. Zeca venceu o primeiro turno, mas André virou com 411 votos de diferença.
Indagado se haveria “clima de acusações durante a campanha”, André diz que não. “Sempre falei e sempre pratiquei uma campanha de proposta. (...) Nunca a ninguém atingi a termos pessoais porque eu deploro isso. Política tem que ser feita com ‘P’ maiúsculo. Na campanha primeira fomos atingidos de todos os lados.”
Por: Marcelo Eduardo – (www.capitalnews.com.br)
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