O governador André Puccinelli (PMDB) voltou a valar na negociação com a Petrobras para revisão do valor de faturamento do gás trazido da Bolívia. Conforme assessoria de imprensa da Governadoria – que confirmou a ida de André na sexta (7) à empresa –, o Estado, porta de entrada dos tubos que trazem o produto, tem “direito a receber o ICMS [Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços] referente à venda, Mato Grosso do Sul está sendo penalizado com o atual valor de venda, que fez diminuir o imposto”. Conforme assessoria, a argumentação para o valor menor é de que parte dos 800 milhões de metros cúbicos comprados pela TBG (Transportadora Brasileira de Gasoduto) é transferida para refinarias do próprio grupo, por valor inferior.
Em evento no distrito de Indubrasil, na Capital na terça-feira (4), André avisou que irá ao Rio de Janeiro (RJ) para tratar do assunto. Com relação à compra feitas pela TGB, André teria dito, conforme assessoria, que: “Eles chamam de ‘instituto da transferência’, e lá eles pagam o equivalente a quarenta centavos o metro cúbico”. O governador questiona o valor.
Portucel
Outra questão defendida por André é a vinda da Portucel ao Mato Grosso do Sul. Ele recomeça a busca para trazer a fábrica de celulose e papéis Portucel (de Portugal) para Mato Grosso do Sul. Caso a vinda se confirme, o Estado passará a ter três das maiores potências no setor [as outras são a International Paer e a Votorantin Celulose – ambas em Três Lagoas].
Em evento realizado nesta terça-feira, o governador voltou a afirmar que o Mato Grosaso do Sul é o mais interessante para a empresa, que estuda implantarr uma unidade também em Moçambique (na África) e no Uruguai. “Nos disseram que o conselho de administração vai se reunir em outubro, e aí definem. Se vier para o Brasil, vem para Mato Grosso do Sul”, disse Puccinelli, por intermédio da assessoria de comunicação da Governadoria.