O senador Delcídio Amaral (PT-MS), candidato à reeleição, afirmou que vai defender no Congresso a divisão dos recursos do pré-sal entre todos os municípios brasileiros, assegurando assim recursos também para Mato Grosso do Sul. Para o senador, o lucro obtido com a exploração do petróleo brasileiro deve financiar a educação, saúde e segurança. “É fundamental que os royalties do pré-sal venham para que as cidades possam investir em educação e saúde”.
Delcídio Amaral encerrou nesta sexta-feira a rodada de entrevistas dos candidatos ao Senado no Bom Dia MS. O senador disse que entre as suas principais metas em eventual segundo mandato, além do pré-sal, vai defender a aprovação da PEC (Proposta de Emenda Constitucional) que trata do piso dos policiais civis, militares e bombeiros e a instalação de Unidades de Pronto Atendimento Médico (UPAs).
Delcídio disse que vai buscar acelerar também projetos da infra-estrutura energética e viária e destaca a perspectiva de Mato Grosso do Sul ganhar a autosuficiência e também se tornar exportar de energia, notando que o gás assegura um terço da arrecadação. Nessa condição, segundo Delcídio, quem ganha é o consumidor. Ele mencionou o novo ciclo de produção energética, com a biomassa, que daria ao Estado potência de 2 mil MW.
Para o senador Delcídio Amaral, a economia do Estado ainda deve se consolidar no setor minero-siderúrgico, com a expansão de florestas certificadas, e vai defender que o Estado não tenha apenas a fábrica de fertilizantes, mas que possa também produzir GLP.
Em relação à infra-estrutura urbana e de transportes, Delcídio Amaral disse esperar que o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) atenda as necessidades por obras de saneamento básico, drenagem e asfalto.
Delcídio considera um erro a privatização da antiga Estrada de Ferro Noroeste do Brasil (NOB) e cobra da América Latina Logística (ALL) cumprimento de TAC que prevê recuperação da malha ferroviária. O senador diz que as BRs estão sendo recuperadas, mas nota que deve haver a intermodalidade, com aproveitamento da hidrovia para escoamento do minério, que teria transbordo no porto de Murtinho, integrado à ferrovia.
“Por mais eficiente que seja, o produtor acaba perdendo no transporte”, diz, avaliando que no momento que o Estado recuperar a ferrovia e construir os ramais previstos estará consolidando a espinha dorsal do sistema de transportes intermodal.
Questão indígena
Quanto à crise gerada pela demarcação de novas áreas indígenas, o senador defende a solução dada pelo Rio Grande do Sul. “A chave' da solução nem precisa mexer na Constituição, disse o senador, mencionando o artigo 231. A União indeniza as benfeitorias. Ato seguinte, reconhece que assentou famílias em área indígena, dando origem assim a obrigação de indenização da terra. O senador afirmou que é preciso consignar no Orçamento de 2011 recurso para compra de terras para assentar índios.
Saúde
Para resolver os problemas da saúde pública, Delcídio defende a construção da UPAs (Unidades de Pronto Atendimento), projeto que já é desenvolvido no Rio e está sendo levado para Pernambuco pelo governo Lula.
São 'mini' hospitais instalados em regiões populosas ou municípios polos do interior para desafogar os hospitais, com procedimentos de média complexidade. Cada unidade teria um clínico geral, um pediatra e um ortopedista, um R-X e pequeno centro cirúrgico.(Fonte: Tv Morena)