Campo Grande 00:00:00 Terça-feira, 08 de Abril de 2025


Bem-Estar Domingo, 06 de Abril de 2025, 13:45 - A | A

Domingo, 06 de Abril de 2025, 13h:45 - A | A

Coluna Bem-Estar

Estresse em animais pode causar doenças?

Por Thais Hott

Da coluna Bem-Estar
Artigo de responsabilidade do autor

Queda de pelos, agressividade e até depressão podem ser resultado de estresse

krblokhin/iStock

ColunaBem-Estar

..

Cuidar de um pet pode ser uma das experiências mais incríveis na vida de qualquer um. Cães e gatos são capazes de demonstrar amor e afeto genuínos, incondicionais e que enchem nossos corações de alegrias, histórias engraçadas sobre bagunças, brincadeiras e destruição da casa, além de criar um sentimento de responsabilidade pela vida, uma lição extremamente importante para crianças.

No entanto, existem determinadas ações ou atitudes que tomamos que podem causar estresse nos pets, pois a repetição crônica de situações estressantes pode resultar em patologias visíveis nos animais e até mesmo reduzir a expectativa de vida do pet.

Possíveis fontes de estresse para seu pet

Assim como as pessoas, os pets possuem temperamentos e personalidades diferentes. Dessa forma, alguns podem ser mais suscetíveis a situações estressantes do que outros. Mudanças bruscas de ambiente, falta de interação social (como brincadeiras), estímulos em excesso, competição entre outros pets da casa, ruídos altos, agressões físicas, ausência prolongada dos tutores durante o dia, manejo inadequado, rotinas estressantes de banho e tosa e confinamento inadequado são algumas das formas mais comuns de causar estresse nos pets.

Portanto, é muito importante observar com cuidado o comportamento do pet em diferentes situações para identificar as causas, sejam comportamentais ou ambientais, de possíveis patologias relacionadas.

Sinais visíveis de estresse em pets

O estresse elevado em um pet pode desencadear reações físicas diferentes, que podem variar muito entre indivíduos e raças. Um dos sinais mais claros de alto nível de estresse é visto quando o animal apresenta agressividade extrema. Isso ocorre quando o nível está tão avançado que o pet entra em modo de sobrevivência para lutar ou fugir daquela situação insustentável.

Outros indivíduos podem apresentar doenças de pele, como perda de pelos em algumas regiões, coceira excessiva e lambedura compulsiva (comparável à alopecia por estresse, que ocorre com muitas pessoas).

Cães e gatos, quando estão estressados por períodos prolongados, podem desenvolver doenças gastrointestinais, como náuseas, diarreias, vômitos constantes e até mesmo úlceras (assim como os casos de gastrite nervosa em humanos).

Animais que ficam longos períodos sozinhos, sem a presença dos tutores, podem desenvolver depressão animal e ansiedade de separação por medo de abandono. Alguns, por outro lado, desenvolvem comportamentos compulsivos, como morder a própria cauda, andar de um lado para o outro compulsivamente, se alimentar com exagero e interromper totalmente a ingestão de água.

Quanto mais velho o pet se torna, piores podem ser as condições ligadas ao estresse. É comum que pets idosos desenvolvam problemas cardíacos relacionados a sustos e barulhos altos.

O que fazer para evitar esses sintomas?

A observação da causa é a primeira coisa a se fazer para evitar que o estresse influencie demais na saúde do pet. Alterações comportamentais do tutor e do ambiente no qual o pet se encontra ajudam a minimizar os problemas decorrentes, como educar crianças a não agredir os pets ou evitar que eles passem muito tempo sozinhos.

Quando alguns sintomas já estão presentes, é muito importante levar o pet a um profissional formado em uma boa faculdade de veterinária, para fazer uma avaliação completa de todo o quadro de saúde do pet e receber orientações sobre remédios e rotinas que devem ser adotados para reduzir ou eliminar os problemas decorrentes do estresse no bichinho.

Comente esta notícia


Reportagem Especial LEIA MAIS