O Governador de Mato Grosso do Sul, André Puccinelli e o presidente do Paraguai, Fernando Lugo, se encontram hoje no Distrito de Sanga Puitã, em Ponta Porã para assinar a ordem de serviço da pavimentação da rodovia Sul-Fronteira. O encontro oficial será äs 15 horas da tarde, no entroncamento das rodovias MS-386 e MS-165.
De acordo com o projeto elaborado pelos engenheiros da Agesul (Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos), a primeira etapa compreende a pavimentação de 80 quilômetros da MS-165, envolvendo o Distrito de Sanga Puitã (Ponta Porã), Aral Moreira e Coronel Sapucaia, representando um investimento de R$ 72 milhões, beneficiando diretamente 97 mil pessoas.
Os recursos foram obtidos pelo governador André Puccinelli junto ao Ministério da Integração Nacional, sendo que 10% do valor representam a contrapartida do Estado. A obra irá gerar aproximadamente 300 empregos diretos e cerca de 1000 indiretos. A previsão é que seja concluída até o final do primeiro semestre de 2011.
Na segunda etapa do projeto da Agesul, será executada a pavimentação da rodovia ligando o município de Coronel Sapucaia a Mundo Novo, passando pelas cidades de Paranhos, Sete Quedas e Japorã, envolvendo um extensão de 261 quilômetros, incluindo a rodovia MS-165 e MS-299. No lado paraguaio, a obra irá beneficiar os departamentos de Concepcion, Amambay, San Pedro Canindeyú e Alto Paraguay. Somente em Mato Grosso do Sul, de acordo com os técnicos da Agesul, a obra irá beneficiar diretamente 142 mil pessoas.
Viabilidade econômica
De acordo com o estudo de viabilidade econômica, a integração entre os municípios de Mato Grosso do Sul com os municípios do Paraguai, vai favorecer a importação e exportação de produtos entre os dois países. De acordo com cálculos estabelecidos no projeto, os custos de operação dos veículos será reduzido em até 47% (tráfego local) e em 41% (tráfego desviado). O tempo gasto pelos motoristas será reduzidos em até 50%. Com o projeto concluído em toda a sua extensão, o tráfego de veículos será aumentado em 128%.
A Sul Fronteira terá a missão de interligar a produção local (baseada na agricultura familiar e na criação de gado) com o acesso à hidrovia Tietê–Paraná. Paralelamente à implantação da estrada, será incentivada a silvicultura (plantação de florestas para exploração vegetal ou replantio de áreas degradadas) em toda a faixa de fronteira, garantindo a defesa sanitária animal dos municípios que há três anos sofreram com os impactos dos focos de febre aftosa.
Esta floresta, que será implantada em toda área fronteiriça, servirá como uma barreira vegetal com largura média de 15 quilômetros, formando um maciço verde com área de 340 mil hectares, possibilitando a instalação de indústrias específicas para a exploração da nova cultura.
Com informações da assessoria.