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Política Domingo, 01 de Junho de 2008, 12:51 - A | A

Domingo, 01 de Junho de 2008, 12h:51 - A | A

Lula quer convencer países parceiros de que etanol é viável

Redação Capital News (www.capitalnews.com.br)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou neste domingo (1º), em Roma, que o objetivo principal do Brasil na Conferência da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) sobre Segurança Alimentar, Mudanças Climáticas e Bioenergia, que começa terça-feira (3) na capital italiana, é convencer os parceiros internacionais que o etanol brasileiro não ameaça a produção de alimentos.

"Não é o etanol que faz subir o preço dos alimentos, porque o Brasil, que produz mais biocombustíveis, também produz mais alimentos", afirmou.

Segundo Lula, a conferência será uma oportunidade de o Brasil dar seqüência ao debate sobre combustíveis alternativos para as próximas décadas.

"Estamos convencidos de que o mundo pode relutar, mas vai ter de assumir a responsabilidade de usar outros combustíveis", afirmou o presidente à "Agência Brasil", em entrevista na Embaixada do Brasil.

Lula chegou no sábado (31) à cidade para participar da conferência. Em seu discurso na cerimônia de abertura, o presidente fará uma defesa dos biocombustíveis, apontado por alguns países como um dos vilões na alta dos preços dos alimentos.

Na entrevista deste domingo, o presidente disse ainda que o Brasil apresentou alternativa consistente e que os biocombustíveis e o etanol podem ser "a grande chance do território africano". Ele lembrou que o clima na África é muito parecido com o do Centro-Oeste brasileiro e por isso o governo pretende transferir tecnologia para a produção desses combustíveis em países do continente.

O presidente também voltou a criticar os subsídios agrícolas dos países ricos, que criam obstáculos para a exportação dos produtos brasileiros.

Lula afirmou também que vai conversar com o secretário geral das Nações Unidas, Ban Ki-Moon, para convocar uma reunião sobre a especulação sobre o preço do petróleo. Sobre a Amazônia, disse que não admite críticas internacionais a respeito da preservação da floresta, citando a Europa, que tem somente 0,3% da sua mata original. (Fonte: G1)

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