“O governador André Puccinelli colocou hoje uma visão clara de que vai fazer uma redução progressiva do ICMS do etanol o que deve aumentar o consumo no Estado, redução do custo do óleo diesel através de uma pauta tarifária mais competitiva que vai reduzir o custo de operação e são justamente essas medidas que fazem com que o setor continue crescendo e se expandindo.
Nós como empresários estamos muito contentes e vamos continuar crescendo e investindo aqui e mostrar que Mato Grosso do Sul é exemplo para o desenvolvimento econômico-social do País”, ressaltou o presidente da ETH Bionergia, José Carlos Grubisich, durante a abertura oficial da safra nacional de cana-de-açúcar 2011/2012, nesta quinta-feira (14) no município de Nova Alvorada do Sul.
Grubisich fez questão de ressaltar durante a solenidade na Usina Santa Luzia, que o Estado tem sido grande parceiro para o desenvolvimento do setor. Para a safra de 2011/2012, a previsão é de que sejam moídas em Mato Grosso do Sul mais de 40 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, o que representa crescimento de 21,42% em relação à safra anterior. Para a próxima safra 68% deve ser destinados para à produção de etanol e 32% para o açúcar.
“Nós temos uma demanda crescente de etanol no Brasil, assim como de açúcar no mundo que tem crescimento sustentável e o grande desafio do setor hoje é a retomada de um novo programa de investimento e de crescimento.
MS é um bom exemplo para o Brasil porque conseguiu criar um modelo de políticas claras e que promove o empreendedorismo e por isso o Estado é o que mais cresce na produção de etanol, de açúcar e na expansão da área plantada de cana”, informou o presidente da ETH Bionergia.
De acordo com Grubisich, a ETH Bioenergia escolheu MS como um dos Estados mais importantes para sua expansão com duas unidades de operação e em breve terá mais uma nova unidade no município de Costa Rica que entra em operação no terceiro trimestre deste ano.
“Hoje o Estado tem um papel muito importante para nosso programa de desenvolvimento e é evidente que sempre que as condições de crescimento e de investimentos são favoráveis motiva o empresário a tomar a decisão e fazer novas expansões para o aumento de sua capacidade”, comentou.
Em Mato Grosso do Sul, a safra 2010/2011 de cana-de-açúcar somou 33,52 milhões de toneladas moídas pelas unidades produtoras. Deste volume total, 69,95% foram destinados à produção de etanol e 30,05% de produção de açúcar.
O governador André Puccinelli participou nesta quinta da solenidade de abertura da safra nacional de cana-de-açúcar e disse que o objetivo é triplicar a produção com incentivos para novos empreendimentos.
“Entendemos que o setor sucroenergético deve ter atenção e desta forma disponibilizar recursos para financiamento, porque se combate preços com produção”, ressaltou.
Puccinelli disse que quer em MS um maior número de empreendimentos sucroenergéticos e lembrou que quando assumiu a administração estadual em 2007 eram 11 empreendimentos e que hoje são 21, além de mais quatro que devem iniciar a moagem de cana-de-açúcar.
O Estado continua ocupando a quinta posição na relação dos maiores produtores de cana do País, atrás do Paraná, Goiás, Minas Gerais e São Paulo. O objetivo é que em quatro safras o Estado consiga subir para a segunda colocação.
“Queremos ser o segundo maior Estado de produção de etanol, açúcar e co-gerador de energia. O resultado alcançado em MS é fruto de clima, solo, condições pluviométricas boas aliadas à política fiscal e tributária que desenvolvemos. O governo estadual tem dado créditos presumidos, outorgados quando produz etanol, açúcar e quando gera energia”, pontuou.
Escoamento
Puccinelli disse ainda que um dos sonhos do executivo estadual é ter a oportunidade de levar etanol aos portos do atlântico através de dutos.
“Não temos que utilizar o frete rodoviário que é extremamente caro, portanto o álcooduto continua em pauta.
Para isto teremos a necessidade de exportarmos 2,5 bilhões de litros de álcool para torná-lo viável na questão econômico-financeira à sua execução.
Pretendemos ate o início de 2015 termos a produção de 6 bilhões de litros de álcool, alem do açúcar e a geração de energia”, informou.
Puccinelli disse ainda que já conversou com o governador do Paraná, Beto Richa de projetos comuns como alcooduto que uniria MS à Maringá e que já está sendo estudado, além do projeto ferroviário de conexão dos dois Estados.
“Uma conexão da área mais produtiva de MS que é Maracaju passando por Dourados indo para Mundo Novo unindo-se à ferrovia em Cascavel.
Na nossa estruturação logística do Estado já temos conversado com o governador, Ministério dos Transportes e da Agencia Nacional de Transporte Terrestre. A ferrovia e o álcooduto são sonhos que gostaria de ter a realização concretizada em meu mandato”, finalizou.
Crescimento
Para o presidente da Associação dos Produtores de Bioenergia de Mato Grosso do Sul (Biosul), Roberto Hollanda Filho, o incentivo do governo do Estado tem sido fundamental para o crescimento do setor.
“ Essa política tem funcionado muito bem isso se traduz no setor que cresceu: 45% ano passado e vai crescer 22% este ano. Não basta ter só boa terra tem que ter um ambiente bom e o governo estadual tem conseguido de forma definitiva esse crescimento do setor.
Por conta disso, MS é o Estado que mais cresce no Brasil”, justificou.
Hollanda faz questão de dizer que o segmento precisa crescer e ter um conjunto de políticas publicas e estimular a oferta. Três novas indústrias devem entrar em operação este ano e deve gerar cerca de quatro mil empregos.
Sobre o crescimento do setor em Mato Grosso do Sul, o presidente da União da Indústria de Cana-de-Açúcar, Marcos Jank, durante discurso disse de forma descontraída ao governador, que está com “medo” do Estado não conquistar a segunda colocação, mas de ser o primeiro Estado na produção de etanol e ultrapassar São Paulo.
“O governador tem sido incansável trabalhador para o crescimento do nosso setor. Nós estamos num Estado onde a cana-de-açúcar mais cresce”, ressaltou.
A entidade representa as principais unidades produtoras de açúcar, etanol (álcool combustível) e bioeletricidade da região Centro-Sul do Brasil, principalmente o Estado de São Paulo. (Fonte: Notícias MS)