O prefeito Gilmar Olarte, em entervista ao Capital News, se posicionou a respeito da sessão da Câmara que vai votar a instalação de uma Comissão Processante e também sobre a decisão do Tribunal de Justiça. Gilmar Olarte disse estar tranquilo e não ter cometido crime algum, em sua opinião, “é uma armação política para desestabilizar e até derrubar o prefeito”.
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O primeiro fato que fez questão de comentar é em relação à decisão do Tribunal de Justiça que aceitou a denúncia do Ministério Público. “Essa é a oportunidade de apresentarmos defesa e resgatar os autos que nos inocentam e que não foram anexados na investigação encaminhada ao TJ, além de chamarmos as testemunhas que nos inocentam”, disse.
Olarte também disse que será a oportunidade de entrar na Justiça com ações para demonstrar ilegalidades e excesso de erros cometidos durante a investigação do Gaeco. Chegou a citar cheques que teriam sido descobertos cheques falsificados, que foram jogados no meio para criar uma história.
“Essa situação tem um fundo político muito forte, para se desviar a atenção de algumas situações”, provavelmente se referindo á investigação da Lama Asfáltica.
Sobre a instalação da Comissão Processante, o prefeito de Campo Grande, Gilmar Olarte deixou claro que jamais foi contrário a sua instalação. “Não sou contra ela, não tememos a verdade e não temos dificuldade de provar a verdade”, frisou.
“Não há crime algum cometido por minha pessoa. Isso é uma articulação de forças políticas que perderam poder e querem derrubar o prefeito”, desabafou.
Segundo Olarte, ele conversou com a base aliada de vereadores, defendendo que os poderes são independentes, e que deixou os parlamentares à vontade. “Declarei que não sou contra a Comissão Processante, acho ser um canal importante para provar situações obscuras que foram instaladas e vamos nos defender”.
Em relação à possibilidade de ser afastado por 180 dias de suas funções na Prefeitura de Campo Grande, Olarte disse não saber se o acórdão foi publicado. No caso de ter sido, o jurídico da Câmara vai analisar os tipos de crime, para então definir a situação.
O prefeito voltou a dizer que muitos áudios que comprovam sua inocência não estão no relatório do Ministério Público encaminhado ao Tribunal de Justiça. “Queremos saber por que não foram anexados esses áudios, aos quais tenho conhecimento. Não há fundamento sólido, há fumaça criada para desestabilizar e derrubar o prefeito. Acredito nos vereadores e na Justiça. Campo Grande não merece isso, logo agora que estamos conseguindo reverter a situação e deixar a crise em que pegamos ao assumir a prefeitura”, finaliza.
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