PL aponta defeito em urnas e pede anulação ao TSE e STF interfere

O ministro Alexandre de Moraes defende que urnas sejam investigadas durante os dois turnos

Juliana Fernandes
Capital News

Valter Campanato/Agência Brasil

PL aponta defeito em urnas e pede anulação ao TSE e STF interfere

O presidente nacional do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, fala com a imprensa no Centro de Eventos e Convenções Brasil, em Brasília

O PL entrou com uma representação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para anular votos de alguns modelos de urnas eletrônicas nas eleições do último dia 30 de outubro, conforme anunciado pelo presidente nacional do Partido Liberal, Valdemar Costa Neto que aconteceu na tarde desta terça-feira (22).

O documento indica que “em todas as 279.336 urnas eletrônicas dos modelos UE2009, UE2010, UE2011, UE2013 e UE2015, utilizadas no Segundo Turno das Eleições Gerais de 2022” foram verificadas inconsistências.

Segundo o partido, laudo técnico de uma auditoria realizada pela entidade Instituto Voto Legal, contratada pelo partido, indica que foram constatadas evidências de mau funcionamento de urnas eletrônicas, através de eventos registrados nos arquivos Logs de Urna.

Especialistas graduados chegaram no resultado das urnas e o presidente pede a integridade ao STE, e durante a coletiva o engenheiro que teve acesso técnico às urnas também expõe alguns erros apresentados.

“Quando acontece um evento extraordinário devemos ter atenção e ser analisado pelos especialistas do STE. Uma outra ocorrência importante são as urnas que travaram e quando acontece isso precisa desligar de novo e no meio do período da votação, não seria um problema se não houvesse o sigilo do nome do eleitor. Expõe o nome dos eleitores completo ou o número do título e este ponto é sensível pq o sigilo do ato de votar é um direito constitucional e quando viola o tema do ato de votar será importante trabalhar com os colegas do STF para saber como lidar com estas ocorrências sob a análise feita. Finalizando uma ocorrência em cada linha da atividade em todas as urnas o código é inválido o que fica impossível de associar com a urna e comprova o problema e a ocorrência do sigilo do ato de votar”, detalhou o especialista em segurança de dados, engenheiro Carlos Rocha que liderou o estudo.

Valter Campanato/Arquivo Agência Brasil

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Alexandre de Moraes

No despacho também dado após solicitação do partido, o minsitro do STF, Alexandre de Moraes pede que o partido apresente a relação de urnas supostamente defeituosas nos dois turnos, alegando que as urnas também foram usadas no primeiro turno.

"As urnas eletrônicas apontadas na petição inicial foram utilizadas tanto no primeiro turno, quanto no segundo turno das eleições de 2022. Assim, sob pena de indeferimento da inicial, deve a autora aditar a petição inicial para que o pedido abranja ambos os turnos das eleições, no prazo de 24 horas", decidiu o ministro.