O canteiro central da avenida Duque de Caxias, em frente ao Comando Militar do Oeste (CMO), em Campo Grande, onde ficaram acampados os manifestantes bolsonaristas inconformados com a derrota nas eleições e pediam por golpe militar, o que é crime, segundo a Constituição Federal, não estão mais no local. Toda a estrutura do acampamento foi removida nesta terça-feira (10), conforme a determinação do Supremo Tribunal Federal (STF).
A operação de desocupação foi realizada pela Polícia Militar e Polícia Civil, por meio da Delegacia Especializada de Ordem Política e Social (Deops), e teve início logo após a decisão judicial, com a notificação e negociação com os manifestantes.
Após serem notificados nesta segunda (9), os responsáveis por banheiros químicos e tendas instaladas no canteiro central da Duque de Caxias providenciaram a retirada de todo o material. Porém, alguns manifestantes retornaram para a frente do CMO, montando novas barracas e cercando toda a estrutura com tapumes.
Cúpula
Divulgação/Governo do MS
Prefeitura de Campo Grande realizou a retirada de entulhos e limpeza do local
Na manhã desta terça, secretários de Justiça e Segurança Pública, de Governo e da Casa Civil, além dos procuradores-gerais do Estado e de Justiça, se reuniram com o governador Eduardo Riedel e o vice Barbosinha para definir as ações a serem tomadas no âmbito da decisão do STF.
"Com o apoio do Exército Brasileiro e da prefeitura municipal, que realizou a retirada de entulhos e limpeza do local, bem como com o trabalho da Polícia Civil e da PM, conseguimos de forma ordeira e pacífica dar cumprimento à decisão do STF", explica o secretário de Justiça e Segurança Pública, Antônio Carlos Videira.
Imagens realizadas com drone na tarde mostram que os canteiros e pistas da avenida Duque de Caxias estão livres, sem a presença de manifestantes, e o tráfego de veículos na via já está fluindo normalmente.
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Investigações de atos
Conforme o Procurador-Geral de Justiça do Ministério Público de Mato Grosso do Sul, Alexandre Magno Benites de Lacerda, que esteve presente na reunião realizada na manhã de hoje, o Ministério Público de Mato Grosso do Sul participará ativamente das investigações e processamento dos responsáveis pelos atos realizados em prédios dos três poderes, em Brasília (DF), no último domingo (8).
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"O MPMS, por intermédio da PGJ [Procuradoria Geral de Justiça], Gaeco e seus membros no exercício de seu mister participarão ativamente nas investigações e processamento dos responsáveis que tiveram participação no citado episódio e, que sejam oriundos do Mato Grosso do Sul, a fim de responsabilizá-los criminalmente e coibir com firmeza atos que ainda insistam em desrespeitar os mandamentos constitucionais e legais e promover ataques ao Estado Democrático de Direito", garante o procurador.
A interpretação do alcance da decisão judicial proferida pelo Supremo Tribunal Federal, o acompanhamento do processo e interlocução com o STF, ficam à cargo da Procuradoria-Geral do Estado, segundo a Procuradora-Geral, Ana Carolina Ali Garcia. "Estamos acompanhando todas as fases desse processo, além de orientar as autoridades quanto ao cumprimento desta decisão", lembra.
Participaram do encontro com o governador Eduardo Riedel e o vice Barbosinha nesta terça-feira, além de Videira, Magno e Ana Ali, os secretários Pedro Caravina (Governo e Gestão Estratégica) e Eduardo Rocha (Casa Civil).
A decisão do Ministro Alexandre de Moraes, que deu prazo de 24 horas para desmonte dos acampamentos e manifestações existentes em frente aos quarteis em todo o país, foi proferida no domingo (8), no âmbito do inquérito 4.879 do Distrito Federal, logo após manifestantes promoverem atos de depredação nos prédios que sediam o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal.
Antônio Araújo 19/02/2023
"Manifestantes bolsonaristas desocupam frente do Comando Militar do Oeste". Essa é a maior mentira da história política brasileira. Fomos nalgum momento Bolsonaristas, mas isso foi por ocasião das eleições. Nossas manifestações tem um ideal que vai além de interesses de uma eleição. O que reclamamos foi a ausência de lisura no pleito. Era só isso. Entre outras coisas, também pedimos o respeito à constituição e às atribuições constitucionais por parte do STF. Somente as FFAA poderiam fazer isso e de forma ultrajante não fizeram. O povo foi humilhado e jamais esquecerá o episódio. Isso será contado em versos e prosa pelas gerações futuras. Infelizmente a farda Verde Oliva não existe mais. Força e Honra somente para preservar os altos soldos. Nossos generais são leões velhos banguelas e senis que não conseguem correr 100 m. Com raras e honrosas exceções. Infelizmente, capitularam diante do socialismo. Resta-nos o choro contido da traição por quem detém o poder da pólvora às nossas custas. Adeus Exército. Até o juízo final.
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