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Política Quarta-feira, 03 de Junho de 2015, 12:41 - A | A

Quarta-feira, 03 de Junho de 2015, 12h:41 - A | A

Noroeste

Senador diz que vai “à guerra” para manter ferrovia em MS

Delcídio do Amaral destaca a importância da ferrovia para MS e, lembra que ela já existe, bastando apenas sua revitalização

Alberto Gonçalves
Capital News

Divulgação

Delcidio congues verbas para MS

Delcídio consegue do governo federal mais R$ 11,7 milhões para MS.

Com a ameaça da desativação do ramal ferroviário que liga Bauru, no interior de São Paulo, a Corumbá, em função do corte de investimentos feito pela Rumo/ ALL, concessionária que administra a ferrovia, o senador Delcídio do Amaral (PT), disse ir “à guerra” para revitalizar e manter em funcionamento o trecho.

“Isso é uma vergonha. Eu fui um dos poucos que entrou com uma ação,  juntamente com o prefeito de Corumbá, Paulo Duarte,  contra a ALL, porque a empresa não cumpriu o Termo de Ajustamento de Conduta firmado para recuperar o trecho Corumbá-Três Lagoas. Mas, lamentavelmente,  a Agência Nacional de Transportes Terrestres nada fez até agora. A ANTT tem a obrigação de tomar as providências devidas porque foi assinado esse termo e a concessionária não cumpriu. As operações da ALL foram compradas pela Rumo Logística, que na verdade é uma empresa do Grupo  Cosan, produtor de  açúcar e álcool em várias  unidades industriais no nosso estado. Portanto, agora a briga é com a Rumo/ALL,  e nós não vamos dar moleza não. Vamos brigar não só com a ANTT, mas também com a diretoria da Cosan, que está aqui em Brasília,  e  com quem eu vou conversar nos próximos dias. Faremos uma guerra contra esse pessoal porque , ou eles colocam a ferrovia  nos eixos,  ou então vamos pedir que seja cassada a concessão, para que façamos uma nova licitação e outro grupo assuma as operações”, garantiu Delcídio nesta quarta-feira (3), durante entrevista concedida por telefone à Rádio Difusora Pantanal, de Campo Grande.
 
De acordo com informações da assessoria do senador, nos últimos meses, 100 funcionários da Rumo/ALL foram demitidos. Com a  suspensão das operações, fica prejudicado o escoamento da produção estadual e as exportações. Além de prejudicar também o abastecimento de combustíveis e sobrecarregar ainda mais o transporte rodoviário.

A antiga Estrada de Ferro Noroeste do Brasil entra em Mato Grosso do Sul por Três Lagoas e atravessa todo o estado, passando por Água Clara, Ribas do Rio Pardo, Campo Grande, Aquidauana e Miranda, até chegar a fronteira com a Bolívia.

O líder do governo destacou as vantagens oferecidas pelo ramal Bauru/Corumbá.
 
 “De todas as ferrovias previstas para Mato Grosso do Sul o caso mais fácil de implementar é a antiga Noroeste, porque a via já existe, não tem problema de licenciamento ambiental e nem precisa adquirir áreas, ou seja, é uma ferrovia em operação,  mas que, lamentavelmente, está degradada. O fato de você não usar adequadamente a ferrovia prejudica o desenvolvimento do nosso estado”, ressaltou.
 
Investimentos

Delcídio destacou que a Noroeste é um transporte fundamental para investimentos em Mato Grosso do Sul. Essa ferrovia atende as indústrias de papel de Três Lagoas e também a mineração de Corumbá,  prejudicada pelas dificuldades de navegação no Rio Paraguai, sem falar na Vale , que não consegue aumentar sua produção por falta de opções de transporte.


“Temos que mudar essa lógica, utilizando adequadamente o transporte que já existe, está pronto e é só revitalizar. É  uma riqueza que nós temos. Sem falar que a história dessa ferrovia se mistura com a história do nosso estado. Ela teve entre seus administradores um engenheiro como eu, Pedro Pedrossian, um governador com uma visão extraordinária do futuro, alguém que é, e sempre foi absolutamente diferenciado quando a gente compara com outros governantes”, finalizou.

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