Roberto Stckert Filho/PR
Acordo firmado entre Brasil e EUA sobre o clima é positiva para o setor de biocombustíveis.
A sustentabilidade da agricultura brasileira foi fortalecida com o acordo sobre clima firmado entre a presidente Dilma Rousseff e o presidente norte-americano Barack Obama, na terça-feira (30), em Washington. Na avaliação da ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Kátia Abreu, a inclusão do etanol e da bioenergia nas discussões representam sinalização positiva que fortalece o setor de biocombustíveis.
Os dois países assumiram compromisso para mitigar as causas da mudança do clima. O Brasil se comprometeu a acabar com o desmatamento ilegal de florestas. Segundo assessoria do Mapa, Brasil e Estado Unidos reconheceram a necessidade de acelerar o emprego de energia renovável para ajudar a mover as duas economias. Eles pretendem atingir, individualmente, 20% de participação de fontes renováveis, além da geração hidráulica em suas respectivas matrizes elétricas até 2030. O documento informa que o Brasil pretende restaurar e reflorestar 12 milhões de hectares de florestas até 2030.
A ministra da Agricultura, Katia Abreu, que participou dos atos com os presidentes de Brasil e Estados Unidos, destacou a meta definida na declaração conjunta de dobrar o uso de biocombustíveis e energia renovável e o comércio com os EUA em dez anos, além da adoção de medidas ambiciosas de reduções de gases de efeito estufa no período 2020/2030, no âmbito da agenda da COP 21. "Vejo a inclusão do etanol e da bioeletricidade nas discussões como uma política clara do governo brasileiro de fortalecimento do setor e do fomento de comércio internacional de biocombustíveis."
Do lado brasileiro foi anunciado o compromisso de aprimorar práticas de baixo carbono em terras agrícolas e pastagens por meio da promoção da agricultura sustentável e do aumento da produtividade e de novos padrões de tecnologia limpa para a indústria; do fomento a medidas adicionais de eficiência energética e aumento da utilização doméstica de fontes de energia não-fósseis em sua matriz energética.
O compromisso bilateral ainda inclui o estabelecimento de novos padrões de tecnologia limpa para a indústria; o fomento a medidas adicionais de eficiência energética; e o aumento da utilização doméstica de fontes de energia não-fósseis.
Dilma e Obama também afirmaram que se comprometem a trabalhar entre si e com outros parceiros para um acordo ambicioso e equilibrado na Conferência Mundial da ONU sobre o Clima (COP21), que será realizada em Paris em dezembro. Os dois países pretendem estabelecer uma sinalização firme à comunidade internacional que governos, empresas e sociedade civil estão decididos a enfrentar o desafio climático.