Um levantamento da Associação de Produtores de Bioenergia de MS (Biosul) apontou que o Estado é o quinto em moagem no país e deve brigar pela segunda colocação em três safras. Isso se deve à alta tecnologia empregada na lavoura. Mato Grosso do Sul é o estado o mais mecanizado do Brasil, segundo a Associação.
Cerca de 94,7% da produção passa pelo processo de mecanização e o estado também é o terceiro maior empregador no setor agrícola. Mato Grosso do Sul está na “nova fronteira da bioenergia brasileira”, afirmou o presidente da Biosul, Roberto Hollanda Filho, que completa que no próximo ano, o Estado deve ultrapassar em núemros a produção do Paraná.
A Biosul estima que o Estado tem mais de 8 milhões de hectares para crescer, em várias culturas. “Cada vez mais o produtor rural consegue produzir em cada vez menos espaço. Com a tecnologia e a capacitação do produtor essa conta só tende a somar em produtividade”, analisa.
Atualmente, a produção de etanol no Estado responde por 63% de toda a cana processada, sendo que 37% fica para a confecção de açúcar. A Biosul aponta que Mato Grosso do Sul é o mais mecanizado do Brasil, 94,7% da produção passa pelo processo de mecanização e é o terceiro maior empregador.
Para crescer ainda mais, o setor sucroenergético traçou premissas para 2020: atender 50% da demanda mundial de automóveis flex, atender a demanda do mercado norte-americano (em 2020) de 13,2 bilhões de litros. Hoje, a produção de combustível proveniente da cana-de-açúcar atende apenas 36% da demanda dos veículos flex.
Expectativa
Segundo a Biosul, para alcançar em 2020 a expectativa apontada pelo setor, 120 novas usinas precisam ser inauguradas e, em relação à última safra, o crescimento de produção deve ser 100% maior. Hoje, esse aumento quando relacionado da safra 2004/2005 está principalmente nos estados de Goiás (276%) e Mato Grosso do Sul (282%).
Se essas premissas forem alcançadas, o PIB de US$ 48 bilhões vai para US$ 90 bi, as exportações de US$ 15 bi vai para US$ 26 bi, serão gerados 350 mil empregos diretos, serão requalificadas de 20 a 25 mil trabalhadores. Os investimento da indústria serão de R$ 110 bilhões e de agricultura vão ser de R$ 46 bilhões. O país vai reduzir as emissões de CO2 de 46 mt para 112 mt CO2.