Campo Grande 00:00:00 Domingo, 05 de Janeiro de 2025


Rural Quarta-feira, 19 de Março de 2008, 08:18 - A | A

Quarta-feira, 19 de Março de 2008, 08h:18 - A | A

Agricultura suspende inclusão de propriedades rurais no Sisbov até abril

Agência Ansa

Está suspensa, a partir de hoje, a inclusão de novos estabelecimentos rurais no Serviço Brasileiro de Rastreabilidade da Cadeia Produtiva de Bovinos e Bubalinos (Sisbov), a base nacional de dados do serviço brasileiro de rastreabilidade. A medida foi tomada depois de constatadas irregularidades no serviço feito pelas empresas certificadoras.

“É uma questão de botar ordem na casa. Ou as certificadoras trabalham de forma correta ou elas vão cair fora do sistema. Elas têm que mostrar que têm capacidade para fazer esse trabalho, porque até agora não mostraram”, afirmou o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, antes do início da reunião do Conselho Nacional de Secretários de Estado de Agricultura (Conseagri), realizado hoje (18), em Brasília.

Segundo o secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Inácio Kroetz, novas inclusões só poderão ser feitas depois que as certificadoras tiverem o serviço auditado e aprovado pelo Mapa. Isso deve acontecer partir da realização de um curso, que vai de 31 de março a 11 de abril, para 200 auditores estaduais e federais que atuam na fiscalização do cumprimento dos critérios do Sisbov.

O secretário disse que a decisão é positiva para a imagem do país e que a União Européia apoiou a ação e contribuirá com as autoridades brasileiras. “Consideramos extremamente positivo e foram recomendações da própria União Européia. Quando souberam da nossa disposição em fazer esse treinamento, eles mesmos se colocaram à disposição para colaborar”, disse Kroetz.

No dia 27 de fevereiro, o Ministério da Agricultura divulgou uma lista com 106 fazendas que cumprem as exigências da União Européia (UE) para exportação de carne. A lista foi elaborada depois que uma missão do bloco visitou o Brasil e o embargo à carne brasileira, anunciado em janeiro, foi suspenso. Para justificar o embargo à carne in natura brasileira, a UE alegou insuficiência de garantias sanitárias e de qualidade. Os países europeus afirmaram não confiar no sistema de rastreabilidade, que monitora a procedência dos animais.

Agora, a lista conta com 95 fazendas, já que 11 foram excluídas por apresentarem irregularidades na documentação ou por pedido dos proprietários.

Comente esta notícia


Reportagem Especial LEIA MAIS