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Rural Quarta-feira, 10 de Novembro de 2021, 10:55 - A | A

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Agricultura sustentável

Agropecuária de MS neutralizará o carbono antes de 2050

Estimativa otimista é do presidente da Aprosoja/MS

Silvio Ferreira
Capital News

Diego Silva/Aprosoja

Agropecuária de MS neutralizará o carbono antes de 2050

Dobashi e integrantes da Aprosoja que participaram da COP26 em Glasgow, na Escócia. Diego Silva-Aprosoja

A agricultura e a pecuária brasileiras já trabalham há tempos, com a “nova meta brasileira” divulgada na COP 26, de pretende neutralizar a emissão de gases do efeito estufa até 2050, segundo o presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso do Sul, André Dobashi. Como exemplo, o presidente da Aprosoja estima que Mato Grosso do Sul deve atingir esta meta 20 anos antes, por meio de estratégias já desenhadas e desempenhadas pela classe produtora e Governo do Estado.

 

Segundo a assessoria de Comunicação da Aprosoja, o presidente da entidade - que declara ser o autor do termo "carbon kidnapper" (sequestro de carbono) - defende que o produção de alimentos seja cada vez mais sustentável e destaca:

“Nossa preocupação está em produzir alimentos para um mundo cada vez mais populoso, e alimentos que sejam sustentáveis. Neste contexto, divulgamos a representantes de outros países o termo ‘raptador de carbono’, em inglês: ‘brazilian carbon kidnapper’, fazendo referência, de forma ilustrativa, ao processo de sequestro de carbono, bastante praticado em Mato Grosso do Sul, na mitigação dos efeitos dos gases estufas”, explica o presidente da Aprosoja/MS, fazendo referência à troca de experiências que ocorreu na Bélgica, Global Farmer Network, dias antes da COP 26.

 

Entre as iniciativas apresentadas pela agricultura de MS a produtores rurais de 12 países, de diferentes continentes, Dobashi relaciona diferentes formas de sequestro de carbono, já habituais em MS, via plantio direto, com rotação de culturas, cultivo de milho consorciado com braquiária, sempre vinculando os resultado sustentáveis à pesquisa, desenvolvida pelas fundações, mantidas por produtores rurais e pelo Governo do Estado, na mesma forma como acontece em Goiás, conforme testemunhou outro representante brasileiro, o agricultor, Charles Peeters, ligado à Aprosoja/GO.

 

“A principal mensagem que passamos a outros países, é que conseguimos fazer uma agricultura de baixo carbono dentro de uma propriedade sul-mato-grossense, pautada em tecnologia. Essa tecnologia recebemos das nossas próprias associações e fundações de pesquisas, que empregam as boas práticas, levam para âmbito acadêmico e depois entregam, com resultados comprovados, para o produtor. E essas estratégias sustentáveis, ainda podem ser financiadas por entidades financeiras, em todo território nacional”, sinaliza Dobashi.

 

“Como estamos bem alinhados com o governo estadual, nessa missão de tornar Mato Grosso do Sul carbono neutro até 2030, conseguimos levar uma mensagem muito clara, sobre iniciativas da agricultura de baixo carbono brasileira, que já estão encaminhadas, a fim de se atingir a meta lançada na COP”, conclui.

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