Uma audiência pública será realizada nesta quinta-feira (31), às 19h, no centro de eventos do sindicato rural de Chapadão do Sul, para discutir a implantação da primeira usina de etanol de milho em Mato Grosso do Sul.
A audiência, convocada pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente, do Planejamento, da Ciência e Tecnologia (Semac) e Instituto de Meio Ambiente do estado (Imasul), vai apresentar o Relatório de Impacto Ambiental (Rima) do projeto de instalação da unidade de Biourja do Brasil Agroindustria.
Conforme a Semac, a audiência para a apresentação do Rima é uma das etapas que a empresa que pretende instalar o empreendimento tem de cumprir para obter o licenciamento ambiental para o projeto.
Segundo o Rima, o projeto da Biourja prevê a instalação no município de uma usina de produção de etanol hidratado e anidro, utilizando como matéria-prima o milho, e ainda de processamento de farelo de milho de alto valor proteico (Dries Destilled Grain with Solubles – DDGS), de dióxido de carbono (CO2) e de cogeração de energia.
De acordo com o relatório, a Biourja do Brasil Agroindústria é uma empresa integrante do grupo Biourja, que foi constituído em 2011, com a finalidade de promover investimentos na produção de etanol no Brasil, especialmente em Mato Grosso do Sul.
Os empreendedores têm a intenção de utilizar no Brasil a tecnologia de produção de etanol utilizada pelas usinas americanas e, com isso, promover uma maior organização da cadeia do milho no estado.
O estado é um dos grandes produtores brasileiros de milho com grande disponibilidade dessa matéria-prima para a planta. No ciclo 2013/2014, Mato Grosso do Sul deve ocupar a terceria posição no ranking nacional de produção na safrinha do cereal. De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), com uma área cultivada de 1,461 milhão de hectares, deve produzir 7,305 milhões de toneladas do grão.
Conforme o Rima que será apresentado em Chapadão do Sul, a Biourja estima utilizar na operação da usina 343 mil toneladas de milho por ano, o que seria equivalente a 4,6% da produção do estado na safrinha deste ciclo.