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Rural Sexta-feira, 12 de Agosto de 2011, 19:15 - A | A

Sexta-feira, 12 de Agosto de 2011, 19h:15 - A | A

Bienal da Agricultura: MS pede apoio nas questões indígenas

Da Redação (PP) Capital News (www.capitalnews.com.br)

Mato Grosso do Sul precisa do apoio dos estados do Centro-Oeste para resolver as questões indígenas e ter mais segurança jurídica. A afirmação é da secretária de Produção e Turismo (Seprotur/MS), Tereza Cristina Correia da Costa Dias, durante a abertura da Bienal da Agricultura Brasil Central na noite da quinta-feira (11), em Goiânia (GO). Realizado pela Federação da Agricultura e Pecuária de MS (Famasul) e demais federações congêneres do CO, o evento reuniu 1,4 mil pessoas, entre produtores, lideranças rurais e técnicos do setor, para debater os desafios e perspectivas da agricultura na região central. Os litígios de terras são grande gerador de insegurança entre os produtores do Estado, que tem atualmente 42 propriedades invadidas.

A Bienal teve a presença dos governadores de Mato Grosso, Silval Barbosa, de Goiás, Marconi Pirillo, e em exercício do Distrito Federal, Tadeu Filipelli. Representando o governador de MS, André Puccinelli, Tereza Cristina mencionou a necessidade de investimento para a regeneração de áreas para o cultivo. "O grande eixo do desenvolvimento do Centro-Oeste está na recuperação de solo", afirmou a dirigente, ressaltando que só em Mato Grosso do Sul são nove milhões de hectares degradados que podem contribuir para aumentar produção e produtividade do setor agropecuário.

Presente na abertura, a senadora Kátia Abreu ressaltou a produtividade acima da média nacional e fez contraponto com a menor renda por hectare obtida pelos produtores da região por conta das dificuldades logísticas. "Boa parte dos produtores precisa percorrer mais de dois mil quilômetros para chegar até os portos", mencionou, apresentando dados comparativos da evolução do custo do frete nos últimos anos, um aumento que ficou em 42% na Argentina, 53% nos EUA e 204% nos Brasil. " Eficiência e capacidade, mas competitividade comprometida por conta da logística", sentenciou.

Agradecendo a participação dos produtores de MS - caravana coordenada pela Famasul levou 90 pessoas ao evento - o presidente da entidade, Eduardo Riedel, disse que o evento organizado conjuntamente entre os três estados e o Distrito Federal é mais uma ação que mostra o fortalecimento do setor rural na região e em âmbito nacional. "Ao discutirmos temas como sustentabilidade, tecnologia de produção e questões fundiárias, estamos contando a nossa história, uma história feita pelo homem do campo", afirmou. Como um dos principais pontos positivos do evento, Riedel destacou a atuação conjunta e coesa das federações em prol do desenvolvimento do setor.

Em um dia de programação de palestras, a Bienal colocou em pauta temas relacionados às quatro principais culturas do CO: soja, milho, cana-de-açúcar e algodão. Ao palestrar sobre o 'Cenário macroenômico e a demanda mundial por alimentos e biocombustível', o professor de Departamento de Agricultura e Consumo da Universidade de Illinois e editor executivo da revista 'International Food and Agribusiness Management Revew', Peter Goldsmit trouxe em linhas técnicas a desenvoltura do mercado mundial e a oferta global de alimentos. "A agricultura está no centro dos investimentos do mundo. Estamos na era dourada", valorizou o pesquisador, que há dez anos se inteira da realidade rural da região, em especial de Mato Grosso.

Paralelamente à programação central, sete eventos satélites compõem a programação paralela do evento. Entre eles a Reunião do Conselho Nacional dos Secretários Estaduais de Agricultura (Conseagri), da qual Tereza Cristina é presidente, e o Encontro de Jornalismo Agropecuário no Brasil Central. A exemplo da Bienal, que passou a ser realizada de modo itinerante entre os estados da região, os presidentes das federações decidiram fortalecer a atuação conjunta das entidades tornando os grandes eventos do setor agropecuário rotativos, organizados conjuntamente por todas as entidades da região.

No Estado, a Bienal teve o apoio da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB/MS) e da Associação dos Produtores de Soja (Aprosoja/MS). “A Bienal mostra oportunidades aos produtores e traz informações que permitem minimizar riscos de futuros investimentos”, avalia o presidente da Aprosoja, Almir Dalpasquali.(Com informações da Assessoria)

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